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Moda

Azzas faz simplificação de portfólio e dá adeus a Alme, Dzarm, Reversa e Simples

Além das marcas descontinuadas, companhia estuda estratégia para Baw, Paris-Texas e Troc, todas vindas da Arezzo

Azzas: marcas como Brizza e Fábula vão se tornar linhas da Arezzo e da Farm, respectivamente (Leandro Fonseca/Exame)
Azzas: marcas como Brizza e Fábula vão se tornar linhas da Arezzo e da Farm, respectivamente (Leandro Fonseca/Exame)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 9 de dezembro de 2024 às 21:12.

Última atualização em 9 de dezembro de 2024 às 21:14.

A Azzas 2154, empresa nascida da combinação da Arezzo com a Soma, vai descontinuar quatro marcas: Alme, Reversa (marca feminina da Reserva), Dzarm e Simples.

A decisão, diz a companhia em comunicado, veio depois de estudos com assessores externos para considerar o potencial de crescimento, capital alocado, retorno sobre capital empregado (ROCE) e geração de caixa das marcas.

Com o adeus das quatro marcas, a ideia é simplificar o portfólio depois de a fusão criar um grupo  com mais de 20 marcas e faturamento combinado de R$ 12 bilhões. 

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Além das marcas descontinuadas, estão sendo avaliadas alternativas estratégicas para as marcas Baw, de streetwear, Paris-Texas, marca italiana de sapatos femininos jovens, e TROC, de brechó. As decisões vão considerar o estágio de maturidade de cada uma, diz a empresa.

Essas três foram aquisições da então Arezzo desde o fim de 2020, depois de a empresa de Alexandre Birman ter colocado o pé no acelerador para aquisições. Somadas, as marcas representaram um faturamento bruto de, aproximadamente, R$411 milhões nos doze meses encerrados em 30 de setembro, algo em torno de 3% do faturamento bruto da Azza, e seu EBITDA combinado é próximo do break-even.

As marcas Brizza e Fábula passam a ser categorias de produto das marcas Arezzo e Farm respectivamente e, as marcas Carol Bassi e Foxton serão transferidas para as unidades de negócio Vestuário Feminino e Vestuário Masculino, nesta ordem. Segundo a empresa, tais movimentações visam aumentar a eficiência na gestão das respectivas marcas bem como otimizar a alocação de capital do grupo.

A companhia espera concluir todo o processo de otimização do portfólio até 28 de fevereiro, sem antecipar despesas caixa relevantes. "Levando em consideração o estágio das marcas, o término desse processo deve gerar também um impacto positivo no capital empregado, principalmente no que diz respeito à redução de estoques."

Há quatro meses, a companhia também fez mudanças importantes. Rony Meisler, que fundou a Reserva e liderava a AR&Co, deixou o grupo, sendo substituído por Ruy Kameyama. A agora unidade de negócio da Azzas é a que reúne, além de Reserva, marcas como Oficina, Simples e Baw. 

Em sua primeira entrevista no cargo, dada ao INSIGHT em outubro, Kameyama destacou a importância dos ganhos de eficiência para a unidade com faturamento acima de R$ 1,5 bilhão.

“Meu principal foco é crescimento, inovação, produto. Mas, respeitado isso, temos oportunidades de olhar para dentro, avaliar as oportunidades que a escala atual já nos permite e ao mesmo tempo aproveitar as sinergias que fazer parte de uma plataforma como a Azzas”, disse.

Desde o nascimento da gigante de moda, em março, as ações acumulam perda de 47,55%, com a companhia avaliada em R$ 6,74 bilhões.

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Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

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