Logo Exame.com
Telecomunicações

Novela da venda dos ativos móveis da Oi chega ao fim

Operadora chega a acordo com Tim, Vivo e Claro sobre R$ 1,5 bilhão que tinha ficado em disputa

Oi: divergências sobre o valor dos ativos tornaram negociação conturbada em 2022 (SOPA Images/Getty Images)
Oi: divergências sobre o valor dos ativos tornaram negociação conturbada em 2022 (SOPA Images/Getty Images)
Karina Souza

Karina Souza

Repórter Exame IN

Publicado em 4 de outubro de 2023 às 21:21.

Mais de três anos depois do leilão de venda dos ativos de telefonia móvel da Oi, a novela finalmente chegou ao fim. A companhia conseguiu fechar um acordo em arbitragem com as compradoras Vivo, Tim e Claro para encerrar disputas referentes ao valor de fechamento da aquisição.

Na prática, o valor da venda da vertical ficou em R$ 15,1 bilhões, contra os R$ 15,9 bilhões inicialmente previstos quando o Cade deu aval à operação em abril do ano passado.

Na época, do montante estipulado, R$ 14,4 bilhões foram pagos à vista e o restante do valor (R$ 1,5 bilhão) ficou em posse dos compradores, já que dependia de novas análises a serem feitas sobre o ativo depois que o negócio tivesse sido efetivamente fechado. Pelo contrato, o preço final a seria definido por uma arbitragem.

No ano passado, a Oi chegou a entrar com um pedido na Justiça para receber o valor remanescente de uma vez só, de forma integral. No vai-e-vem da Justiça, o pedido inicialmente foi acatado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, mas posteriormente negado.

Tim e Vivo chegaram a afirmar que identificaram discrepâncias que justificariam a devolução de R$ 3,2 bilhões por parte da Oi – excedendo, portanto, o valor que tinha ficado retido.

Mas, pelo acordo anunciado hoje, as empresas não vão ter nenhuma indenização extra. Elas vão receber de volta metade do valor que tinham depositado. A TIM recebe R$ 317 milhões e a Vivo R$ 217 milhões, corrigidos pelo CDI.

A Oi vai ficar com R$ 821 milhões – metade do valor que ficou em depósito por parte das três compradoras, corrigido pelos juros básicos do período.

Na visão dos analistas Bernardo Guttman e Marco Nardini, da XP Investimentos, apesar dos valores baixos envolvidos para o tamanho do balanço das teles, o resultado das negociações é positivo para todas as partes envolvidas. "O acordo evitou a necessidade de uma disputa judicial prolongada, que poderia ter consequências negativas para todos os envolvidos", afirmaram.

Para quem decide. Por quem decide.

Saiba antes. Receba o Insight no seu email

Li e concordo com os Termos de Uso e Política de Privacidade

Karina Souza

Karina Souza

Repórter Exame IN

Formada pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada pela Saint Paul, é repórter do Exame IN desde abril de 2022 e está na Exame desde 2020. Antes disso, passou por grandes agências de comunicação.

Continua após a publicidade
Nubank entra em telecom. ‘Cisne roxo’ ou tiro na água?

Nubank entra em telecom. ‘Cisne roxo’ ou tiro na água?

Novela da venda dos ativos móveis da Oi chega ao fim

Novela da venda dos ativos móveis da Oi chega ao fim