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Marisa troca comando — de novo; ex-Riachuelo vai ser CEO

Edson Garcia começa em 30 dias e Andrea Menezes será presidente do conselho

Marisa: diretor estatutário deixa a empresa (Marisa/Divulgação)
Marisa: diretor estatutário deixa a empresa (Marisa/Divulgação)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 4 de março de 2024 às 10:41.

Última atualização em 4 de março de 2024 às 14:11.

A varejista de moda Marisa está com novo CEO — de novo. Exatamente um mês depois do anúncio da saída de João Nogueira, que estava há um ano no comando da empresa, a Marisa anunciou hoje a chegada de Edson Garcia, ex-Riachuelo e ex-Caedu. Garcia começa mandato como CEO em 30 dias.

Nesse intervalo, a presidência executiva foi ocupada pela conselheira Andrea Menezes, que passa, agora, a comandar o conselho. O conselho também criou um comitê para suporte ao varejo.

Esse comitê será coordenado por Menezes e terá como principal atividade a direção das frentes de trabalho relacionadas a produtos e serviços financeiros e securitários, digital e inovação e riscos e compliance.

Com passagens por Nestlé, Riachuelo e Caedu e com mais de 25 anos de experiência no varejo, Garcia deve capitanear projetos de eficiência operacional e uma visão estratégica abrangente. “Ele chega à Marisa com o objetivo claro de impulsionar a eficiência operacional, a proposta de valor e retomar a estratégia de negócios bem-sucedida”, diz a empresa em comunicado.

Ao fazer as mudanças, o diagnóstico da companhia é que, depois de um processo intenso de reestruturação financeira, a parte de questão de custos está reorganizada – e agora o foco é no reposicionamento comercial.

O último ano da Marisa foi de esforço de aliviar a pressão das dívidas de curto prazo, reduzir custos e melhorar a operação. Diante disso, fechou 89 lojas consideradas deficitárias, cortou em 25% o quadro de funcionários e reduziu estoques.

Ao fim do terceiro trimestre, a dívida bruta do grupo estava 14% menor do que no segundo trimestre, a R$ 671,3 milhões. A principal mudança ficou na composição da dívida, com os vencimentos de curto prazo caindo 32%. A meta para este ano é de que as dívidas a vencer em curto prazo sejam 10% e o restante seja de longo prazo.

A Marisa encerrou o terceiro trimestre de 2023 com prejuízo líquido de R$ 196,4 milhões, resultado 92,45% pior que o registrado em igual intervalo do ano passado.

Para 2024, a empresa projeta uma receita bruta entre R$2,3 bilhões e R$2,5 bilhões, com margem de 50% a 52%. O Ebitda (ex IFRS-16) deve ficar entre R$ 100 milhões e R$ 130 milhões e a alavancagem, entre 0,9x e 1,2x em 2024.

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Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

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