Lucro do BTG sobe 15% no trimestre e renova recorde
Avanço de 10% na receita foi puxado principalmente pela franquia de clientes, com destaque para investment banking e wealth
Natalia Viri
Editora do EXAME IN
Publicado em 14 de agosto de 2024 às 06:28.
Última atualização em 14 de agosto de 2024 às 06:55.
Dando continuidade a uma longa sequência de resultados recordes, o BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da Exame) viu seu lucro subir 15% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2023, para R$ 2,9 bilhões, em linha com o consenso de mercado, novamente impulsionado principalmente pelo bom desempenho das suas franquias de clientes.
Entre abril e junho, o BTG entregou mais um trimestre de forte captação, com entrada líquida de recursos (ou net new money) de R$ 56 bilhões, chegando a um total de R$ 1,7 trilhão sob gestão ou custódia.
Da entrada de recursos, metade foi para a asset e outra metade para o wealth management, que voltou ter sua maior receita trimestral, de R$ 928 milhões, alta de 28% na comparação anual.
Na asset, a receita cresceu quase na mesma proporação, 27%, para R$ 548 milhões, mas teve uma leve queda em relação ao primeiro trimestre, refletindo a sazonalidade do negócio: os dividendos das gestoras em que o BTG tem participação minoritária são computados no primeiro e no terceiro trimestres.
A receita líquida total do banco avançou 10%, para R$ 6 bilhões, com destaque também para a área de investment banking, que faturou R$ 558 milhões, alta de 82% na comparação anual, sinalizando uma forte retomada especialmente do mercado de dívida após a estiagem de crédito com a crise da Americanas). A área de debt capital markets teve o segundo melhor trimestre da sua história e o banco manteve também a liderança em M&A no Brasil e na América Latina.
O crédito também segue com crescimento forte. A área de corporate lending renovou recorde de receita, de R$ 1,5 bilhão, alta de 20% na comparação anual, impulsionada pelo forte crescimento do portfólio e spreads saudáveis.
A carteira de crédito cresceu 27% chegando a R$ 194,8 bilhões. Desse montante, R$ 23,4 bilhões representam a carteira de crédito de pequenas e médias empresas, que está crescendo a taxas mais aceleradas: 57% no ano contra ano.
Já a unidade de sales and trading faturou R$ 1,4 bilhão, queda de 26% em relação ao segundo trimestre de 2023, mas estável em relação ao primeiro trimestre, refletindo em parte uma abordagem mais conservadora de alocação de risco no balanço, que se traduziu num VaR de 0,21%, o segundo menor nível da história.
O retorno sobre patrimônio líquido (ROAE) ficou em 22,5%, chegando a 22,8% no semestre. O banco já sinalizou que vê espaço seguir entregando melhora no indicador, a despeito da forte alta no passado.
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Natalia Viri
Editora do EXAME INJornalista com mais de 15 anos de experiência na cobertura de negócios e finanças. Passou pelas redações de Valor, Veja e Brazil Journal e foi cofundadora do Reset, um portal dedicado a ESG e à nova economia.