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Consultorias

Em Londres, Ekko quer mostrar que Brasil é o melhor para surfar onda da transição energética

Consultoria recém-criada por ex-CFO da JHSF e ex-VP da BHP reuniu 120 investidores em evento para falar de oportunidades no país

Ekko Partners: Ivan Apsan, Khoury Ashooh e Nilson Exel se juntaram para lançar nova consultoria (Ekko Partners/Divulgação)
Ekko Partners: Ivan Apsan, Khoury Ashooh e Nilson Exel se juntaram para lançar nova consultoria (Ekko Partners/Divulgação)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 6 de setembro de 2023 às 12:52.

Última atualização em 6 de setembro de 2023 às 16:10.

Para dissipar nuvens de incerteza que ainda pairam entre investidores estrangeiros, a recém-criada Ekko Partners, junto com a G5 Partners, Prospectiva e os escritórios BMA Advogados e Clyde&Co, apresentou o Brasil a 120 investidores em Londres na última terça-feira, 5.

O evento, que contou com participação Marco Longhi, membro do parlamento inglês e enviado comercial para o Brasil, foi uma espécie de estreia oficial da consultoria criada pelo ex-CFO da JHSF, um ex-VP da BHP e um consultor especialista em liderança e recursos humanos - uma mistura que os sócios apostam ser o grande diferencial nesse ambiente em que nomes como Alvarez&Marsal e Galeazzi já reinam há alguns anos.

Entre as oportunidades aos estrangeiros, a Ekko quer mostrar que o Brasil fez a lição de casa antes do restante do mundo na questão fiscal e de política monetária e está bem posicionado para lacunas que têm se aberto, como a reestruturação das cadeias de suprimento globais e a transição energética. "O Brasil está muito bem posicionado para, eventualmente, passar a produzir coisas que hoje são produzidas no sudeste asiático. E também é o país mais bem posicionado para surfar a onda de transição energética", diz Nilson Exel, um dos fundadores da Ekko. 

Da demanda que a consultoria tem recebido, cerca 70% é para "organizar a casa". "É para fazer o trabalho prévio para preparar o ativo para uma fase de crescimento que vai vir. E o Brasil está bem posicionado nesse cenário macroeconômico", argumenta Exel. Ainda dando os primeiros passos, a consultoria já conta com cinco clientes, que vão desde ativos em reestruturação, a fusões e aquisições estratégicas e até negócios que querem se organizar para crescer e, mais à frente, fazer sua abertura de capital. muito provável que o ano de 2024, principalmente o segundo semestre, seja um período de crescimento intensivo", acrescenta Exel. 

Com mais de 40 operações de M&A no currículo e décadas de experiência em finanças, Exel foi CFO da JHSF até julho. Antes disso, também passou pela Raízen e pela Paranapanema. Foi na empresa de fundição e refino de cobre primário que conheceu Ivan Apsan, seu outro sócio.

O advogado baiano liderou o departamento jurídico da companhia em meio ao seu processo de recuperação e renegociação de dívidas. Mais recentemente, como diretor jurídico e de relações institucionais da anglo-australiana BHP, Apsan liderou a gestão de uma das maiores crises empresariais já ocorridas no Brasil: o rompimento da barragem da Samarco, em Mariana, Minas Gerais, e suas consequências.

Além da bagagem de finanças de Exel e jurídica e de compliance de Apsan, a Ekko nasce com a expertise de gestão de pessoas e liderança do americano Khoury Ashooh, que completa o trio de comando da consultoria. Com trajetória global, foi associado da empresa de headhunting Heidrick&Struggles e fez parte da diretoria da Antofagasta Minerals, do Chile.

Dos participantes do evento em Londres, a maioria tinha algum nível de exposição ao país. Essa foi uma das oportunidades vistas pelos sócios da Ekko. "Esses fundos precisam ter um pé local, precisam ter uma um braço avançado no Brasil para estar no dia a dia dos negócios", explica Apsan. O ex-VP da BHP fica sediado em Londres, enquanto Exel está no Brasil e Ashooh, no Chile, o que os sócios também veem como um canal para operações em toda América Latina. 

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Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

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