BNDES faz leilão para vender R$ 7,6 bilhões em ações da Vale
Atualmente avaliada em R$ 320 bilhões na B3, companhia alcançou em julho maior valor de sua história na bolsa
Publicado em 4 de agosto de 2020 às 10:42.
Última atualização em 4 de agosto de 2020 às 12:35.
O BNDES acaba de iniciar um leilão na bolsa para vender uma posição de ações de até 7,64 bilhões de reais em ações da mineradora Vale. O preço de largada é 58,76 reais por ação, um pequeno desconto em relação ao fechamento de segunda-feira de 60,68 reais. O EXAME IN antecipou ontem à noite que havia expectativa para a operação de hoje. Quem está à frente da operação é o Bank of America Merrill Lynch.
A posição inteira que pode ser vendida é de 100 milhões até 130 milhões de ações. No mínimo, portanto, o banco leva 5,9 bilhões de reais para casa. O leilão está previsto para terminar às 11 horas. O modelo estabelecido é que, se não houver demanda para tudo, a posição restante ficará com o Bofa, sem risco para o BNDES.
O BNDES tem um total de 323,5 milhões de ações da Vale, equivalentes a 6,3% do capital da mineradora. A fatia inteira na companhia vale perto de 20 bilhões de reais. Do total detido, 117,5 milhões de papéis, ou 2,26% do negócio, estão presos ao acordo de acionistas até novembro deste ano. Do total de ações liberadas, fora desse contrato, o banco colocou à venda mais de 60% da posição no leilão de hoje.
A operação marca a retomada dos desinvestimentos das posições da BNDESPar na bolsa. A Vale alcançou em julho seu maior valor de mercado na B3. Ontem, encerrou o pregão avaliada em 320 bilhões de reais.
Em fevereiro, a instituição vendeu 22 bilhões de reais em ações da Petrobras e ficou com uma participação remanescente de 8% no capital da estatel. A expectativa é que a petroleira seja o próximo alvo de vendas. Na lista de ações de empresas a serem alienadas estão ainda Suzano, Klabin e, talvez, JBS — a instituição avalia se é o melhor momento para sair do frigorífico. A carteira total de ações da BNDESPar estava em 61,4 bilhões de reais ao fim de março. Contudo, atualmente, deve estar muito maior devido à forte recuperação nos preços de bolsa.
Fora de bolsa, o banco vendeu, na semana passada, 67% da posição que detinha em AES Tietê para a controladora americana da empresa, AES. A operação renderá aos cofres da instituição cerca de 1,2 bilhão de reais.
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