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Marfrig compra mais BRF e se aproxima de limite para oferta pública

Previ pode estar de saída da companhia, após ter iniciado venda de comum acordo para abastecer frigorífico de Marcos Molina

BRF: companhia demandava dinheiro novo desde 2018, pois há anos arrasta dívida superior a R$ 20 bilhões (Germano Lüders/Exame)
BRF: companhia demandava dinheiro novo desde 2018, pois há anos arrasta dívida superior a R$ 20 bilhões (Germano Lüders/Exame)
GV

Graziella Valenti

2 de junho de 2021 às 12:22

O apetite da Marfrig pela BRF não acabou. A companhia voltou a carga ontem e hoje na compra das ações da empresa e poderá deter mais de 30%, conforme fontes próximas ao tema. O estatuto da companhia dá liberdade para ele comprar até 33,33% sem ter de lançar uma oferta pública por 100% da empresa. Antes, esse percentual era de 20%, mas foi flexibilizado ainda na gestão da Tarpon na empresa de aves.

Depois de um leilão que movimentou 2,8% do capital da empresa ontem, o JP Morgan, conhecido representante da Marfrig nessas movimentações, fez um leilão de compra de mais de R$ 400 milhões  ainda no fim da manhã. Com esses percentuais, Marcos Molina, fundador e dono da Marfrig, já está próximo do teto de 33%. Se bater, precisa comunicar imediatamente e teria de encarar uma oferta pública com um prêmio de 40% sobre a média recente em bolsa.

As teses e mil teses sobre o que e como Molina fará com Marfrig e BRF só vão aumentar. O empresário estará hoje, às 15h30, com ninguém menos que o ministro da Economia Paulo Guedes. A informação está na agenda pública do ministro.

Não falta quem acredite que a Previ, fundação com o caixa de previdência dos funcionários do Banco do Brasil, pode ser a vendedora da participação, uma vez que havia iniciado esse movimento no dia 21 de maio — quando vendeu 3% da empresa, dos pouco mais de 9% que detinha. Agora, porém, se for a fundação, terá de comunicar publicamente.

No dia 21, a Marfrig anunciou ter alcançado uma participação de 24,23% do capital da BRF, tornando-se disparada a maior acionista. A companhia de Marcos Molina, contudo, afirmou não ter intenção de interferir na gestão da empresa, sem indicações para o conselho de administração. Para ter essa posição, foram investidor US$ 830 milhões. A Marfrig tinha cerca de R$ 11 bilhões em caixa ao fim de março.

(Atualização: Na manhã da quinta-feira, dia 3, a Marfrig anunciou publicamente que alcançou uma participação de 31,66% da BRF. E manteve firme o posicionamento de que se trata de um investimento passivo).

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