Logo Exame.com
Investimentos de empresas

Klubi: fintech que reinventa o consórcio capta R$ 32,5 milhões

Rodada foi liderada pela Igah Ventures e teve participação da Parallax Ventures e de sócios da Cyrela

Eduardo Rocha, presidente e fundador do Klubi: empresa já havia levantado R$ 2,8 milhões com investidores-anjo como Guilherme Bonifácio (do iFood) e Paulo Veras, Renato Freitas e Ariel Lambrecht (da 99) (Klubi/Divulgação)
Eduardo Rocha, presidente e fundador do Klubi: empresa já havia levantado R$ 2,8 milhões com investidores-anjo como Guilherme Bonifácio (do iFood) e Paulo Veras, Renato Freitas e Ariel Lambrecht (da 99) (Klubi/Divulgação)
CI

Carolina Ingizza

5 de outubro de 2021 às 14:00

Depois de oito anos como presidente da Rodobens, o executivo Eduardo Rocha decidiu deixar a vida corporativa para empreender. Sua visão? Criar uma fintech que mudasse a forma de fazer consórcios no Brasil. Assim, em 2019, fundou o Klubi, a primeira empresa digital a ter autorização do Banco Central para operar como administradora de consórcios. 

O negócio, que começa suas operações agora no quarto trimestre de 2021, acaba de concluir uma rodada de captação de R$ 32,5 milhões liderada pela Igah Ventures (Unico; GuiaBolso) e com a participação da Parallax Ventures (Asaas; Cerc) e de sócios da Cyrela. O capital será usado pela empresa para aumentar sua equipe de 50 pessoas e investir em tecnologia e marketing.

"Queremos desintermediar as operações de consórcio e acessar o cliente diretamente, digitalizando a experiência e entregando ao usuário um processo simples, transparente e educativo", diz Rocha em entrevista ao EXAME IN.

Até então, a empresa havia recebido cerca de R$ 2,8 milhões em aportes feitos pelo próprio fundador e por investidores-anjo de peso, como Guilherme Bonifácio (fundador do iFood) e Paulo Veras, Renato Freitas e Ariel Lambrecht (fundadores da 99).

A equipe do Klubi passou os últimos dois anos empenhada em conseguir a autorização do BC e em desenvolver a tecnologia da plataforma. Agora, coloca na rua o primeiro produto, voltado para quem quer usar o consórcio como caminho para comprar um veículo avaliado entre R$ 30.000 e R$ 90.000. No Brasil, o consórcio para compra de veículos leves é o mais popular entre os brasileiros que usam esse tipo de produto financeiro para comprar bens.

A solicitação e contratação do produto é feita totalmente online, direto pelo site da empresa. Em caso de dúvidas, há uma equipe de consultores disponível para conversar por WhatsApp ou telefone e esclarecer as dúvidas. A fintech desenhou um modelo em que o cliente paga somente o valor da mensalidade mais uma taxa de admistração, fixada em R$ 99 por mês.

O público-alvo do Klubi são pessoas da classe C, a partir de R$ 4.000 de renda familiar, na faixa de 30 anos e que têm dificuldades para acessar crédito no mercado financeiro. "Enquanto os incumbentes usam vendedores e corretores, vamos apostar em estratégias de mídia digital para gerar fluxo de clientes com esse perfil para plataforma", diz o fundador.

Hoje, no país, 8,19 milhões de pessoas têm um consórcio ativo — o maior número da série histórica. Só de janeiro a agosto de 2021, foram vendidas 2,31 milhões de novas cotas, 26,2% mais que no mesmo período do ano passado. Em 2020, os negócios com consórcios realizados no Brasil cresceram 21,5%, movimentando R$ 163,63 bilhões, de acordo com dados da Associação Brasileira de Administradoras de Consórcios (Abac).

Com o crescimento do mercado de consórcios, outras fintechs disputam espaço no setor. Em junho, por exemplo, a Consorciei levantou R$ 30 milhões em uma rodada liderada pela Tera Capital e com participação da Tarpon. Fundada em 2018, a empresa atua no "mercado secundário" de consórcios, substituindo consorciados que desistiram de suas cotas.

Já a Turn2C, que em julho fechou uma parceria com o Banco do Brasil, criou uma plataforma que usa modelos matemáticos e análise de dados para permitir que as instituições parcerias visualizem qual é o plano mais indicado para que o consorciado seja contemplado o mais rápido possível com o menor lance disponível.

Assine a EXAME e acesse as notícias mais importantes em tempo real.

De 1 a 5, qual sua experiência de leitura na exame?
Sendo 1 a nota mais baixa e 5 a nota mais alta.

Seu feedback é muito importante para construir uma EXAME cada vez melhor.

Para quem decide. Por quem decide.

Saiba antes. Receba o Insight no seu email

Li e concordo com os Termos de Uso e Política de Privacidade

Continua após a publicidade
Nubank entra em telecom. ‘Cisne roxo’ ou tiro na água?

Nubank entra em telecom. ‘Cisne roxo’ ou tiro na água?

Na compra dos FIIs do Credit pelo Pátria, uma missão nada simples: convencer 900 mil cotistas

Na compra dos FIIs do Credit pelo Pátria, uma missão nada simples: convencer 900 mil cotistas