Logo Exame.com
Carros

Turn2C em parceria com BB alavanca consórcio com 240 agentes

Fintech utiliza modelos matemáticos, estatísticas e análise de dados para entregar bens aos contemplados

De trainee no Unibanco a empreendedor de sucesso, Bruno Pinheiro optou pela tecnologia para resolver problemas (Divulgação/Divulgação)
De trainee no Unibanco a empreendedor de sucesso, Bruno Pinheiro optou pela tecnologia para resolver problemas (Divulgação/Divulgação)

Publicado em 1 de julho de 2021 às 12:11.

Última atualização em 1 de julho de 2021 às 12:52.

Não tinha como errar o endereço. A Escola Politécnica da USP era o lugar certo para realizar um sonho: construir robôs. Mas não demorou para que a Cidade Universitária abrisse novas portas. A Engenharia Mecatrônica era também um passo para o mercado financeiro. Mais alguns anos e uma vocação inconteste para o empreendedorismo produziu resultados e uma parceria com o maior banco do país: o Banco do Brasil (BB).

Bruno Pinheiro, CEO e fundador da Turn2C, fintech especializada em planos de consórcio, comemora. Fechou uma parceria de representação de vendas na área de consórcios com o BB e mantém acordos com Itaú, Santander, Consórcio Magalu, Rodobens e Embracon. Essas administradoras representam, segundo dados do Banco Central (BC), mais de 34% desse mercado.

“Eu queria construir robôs, mas descobri cedo que gostava de usar a tecnologia para resolver problemas e isso me chamou atenção para as oportunidades do mercado financeiro. Me inscrevi para o programa de Trainee Institucional do Unibanco, que na época era um programa muito concorrido e fui selecionado. Trabalhei com crédito imobiliário, desenvolvendo produtos, entre outros, como financiamento de apartamentos na planta. Em 2009, com a fusão Itaú Unibanco surgiu uma nova instituição, uma outra realidade. Em 2010 fui para o produto consórcio no banco e aprendi muito sobre o produto. Depois em 2013 decidi começar uma nova fase e parti para empreender”, conta Bruno Pinheiro em entrevista ao EXAME IN.

A Turn2C foi oficialmente lançada no mês passado e já tem 240 parceiros – agentes autônomos – que aderiram à plataforma e um pipeline com mais de R$ 40 milhões de cartas de crédito em negociação. Pinheiro tem como meta fechar contratos de representação com 50% dos contratos com administradoras e 500 parceiros ainda em  2021.

“De todos os produtos disponíveis no mercado financeiro todos evoluíram nos últimos 10 anos, à exceção do consórcio”, diz o CEO da Turn2C. “Os cartões evoluíram com o Nubank, os investimentos evoluíram com o BTG e a XP e outros players. Mas o produto consórcio não avançou. Mantém as mesmas características desde a sua criação em 1961. Eu vi aí uma oportunidade para voltar a esse mercado que tem um produto muito bom para a construção de patrimônio.”

Ao EXAME IN, Pinheiro avalia que as mudanças não ocorreram com esse produto, “uma alternativa ao crédito e 100% brasileiro, porque, ao longo dos anos”, jogou-se em cima do consórcio um estigma de sorte ou produto voltado à baixa renda. “E consórcio não é isso. É um excelente produto se observado e avaliado corretamente. Usamos modelos matemáticos, estatísticas e análise de dados que permitem aos parceiros visualizarem o plano mais indicado para que o consorciado seja contemplado o mais rápido possível com o menor lance disponível.”

Bruno Pinheiro garante que a fintech tem por meta o cancelamento zero de contratos, enquanto a média do mercado é 50%. Nosso interesse é que o consorciado tenha seu objetivo atendido. E ele quer o bem. Seja um carro, uma moto ou uma casa. E quando isso não acontece, a decepção leva ao cancelamento. Nosso interesse, portanto, é buscar o nível de qualidade elevado no maior nível possível e entregar o produto ao consorciado”, diz o engenheiro que já vendeu ao C6 um de seus empreendimentos, uma plataforma de negociação de câmbio voltada às pequenas e médias empresas.

A parceria com o BB surgiu, segundo Pinheiro, porque a administradora de consórcio da instituição também vem passando por algumas mudanças nos últimos anos e buscando melhoria para o produto com empresas que queiram ter o consórcio em sua prateleira, mas não nos moldes tradicionais.

Pensando em um mercado em expansão, relata Pinheiro, decidimos atuar com dois diferenciais para os clientes: a Ferramenta de Venda Assistida e a Rede de Parceiros. A venda assistida tem foco na venda de consórcio individualizada.

“Por meio de análise de dados, a plataforma Turn2C busca em todos os grupos das administradoras parceiras a melhor cota disponível para o cliente fazer a melhor alavancagem. Com a rede de parceiros, atuamos com empresas que fornecem produtos financeiros – como investimentos, crédito e câmbio – e agora passarão a ofertar também produtos de consórcio. A plataforma atua com todos os tipos de grupos existentes, imóveis, automóveis, motos, serviços, maquinário agrícola, caminhões e eletrodomésticos”, conclui o executivo.

Assine a EXAME e acesse as notícias mais importantes em tempo real.

De 1 a 5, qual sua experiência de leitura na exame?
Sendo 1 a nota mais baixa e 5 a nota mais alta.

Seu feedback é muito importante para construir uma EXAME cada vez melhor.

Para quem decide. Por quem decide.

Saiba antes. Receba o Insight no seu email

Li e concordo com os Termos de Uso e Política de Privacidade

Continua após a publicidade
Quanto a Totvs deveria pagar pela Linx

Quanto a Totvs deveria pagar pela Linx

Exclusivo: Fim do crescimento? Para CEO da Stone, a expansão está só começando

Exclusivo: Fim do crescimento? Para CEO da Stone, a expansão está só começando