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“Não estamos fazendo um bom trabalho para conter aquecimento global”, diz CEO da Raízen

Mussa e CEOs da Suzano, Embraer, Tupy e JBS coordenam grupos de trabalho do B20, braço de negócios do grupo das 20 maiores economias do mundo

Mussa: Executivo quer tirar ideias do B20 do papel e transformá-las em ação  Foto: Leandro Fonseca/Exame (Leandro Fonseca/Exame)
Mussa: Executivo quer tirar ideias do B20 do papel e transformá-las em ação Foto: Leandro Fonseca/Exame (Leandro Fonseca/Exame)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 29 de janeiro de 2024 às 21:44.

Última atualização em 30 de janeiro de 2024 às 09:21.

As principais economias globais e as organizações privadas não estão fazendo um bom trabalho para desacelerar os impactos das mudanças climáticas. A análise é Ricardo Mussa, CEO da empresa Raízen. “Ano passado foi o mais quente até agora e o ambiente suplica por mudanças.”

Mussa encabeça um dos grupos de trabalho do B20 Brasil, lançado nesta segunda-feira, 29, na Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (FIRJAN), no Rio de Janeiro. Desde a criação do B20, braço de negócios do G20, essa é a primeira vez que o Brasil assume a coordenação. “Nas edições passadas do B20, eu vi muitas boas ideias, mas ainda tem muita dificuldade em colocar isso em ação. Então os objetivos [agora] são para colocar tudo em ação.”

Segundo o executivo, o desafio é fazer o trabalho em escala global. “Vejo muitas iniciativas que estão sendo feitas na Europa e nos Estados Unidos que não são tão óbvias. Queremos criar uma vitrine de ideias para o mundo. Sinto que estamos no momento certo para tomar as iniciativas”, diz Mussa.

Nos grupos de trabalho do B20, o presidente da Raízen é acompanhado de outros executivos de grandes empresas como Walter Schalka, CEO da Suzano e Gilmar Tomazoni, da JBS. “Até 2032 veremos um crescimento mais forte no comércio do sul global, porque o comércio entre o sul e o norte vai crescer de forma mais lenta. Esses indicadores sugerem uma tendência positiva, oferecendo uma oportunidade de crescimento. É preciso, no entanto, um sistema global justo e aberto”, diz Francisco Gomes Neto, CEO da Embraer.

Um dos desafios para a longevidade das empresas e a sustentabilidade da economia global passa pela acessibilidade das ferramentas de inteligência artificial. “O desenvolvimento rápido da tecnologia e a forma como ele facilita novos produtos e modelos de negócios pode ajudar a enfrentar esses desafios. Mundo físico e digital devem ser encarados como uma coisa só”, diz o CEO da Tupy, Fernando Rizzo, que coordena os trabalhos do grupo de tecnologia.

O representante do Brasil no B20 é Dan Ioschpee, presidente do Conselho de Administração da fabricante de autopeças Ioschpe-Maxion.

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Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

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