BTG tem lucro recorde e ROE chega a 22,7% no segundo tri
Com alta em praticamente todas as linhas de negócios, a receita cresceu 21%, para R$ 5,4 bilhões
Natalia Viri
Editora do EXAME IN
Publicado em 9 de agosto de 2023 às 06:23.
Última atualização em 9 de agosto de 2023 às 11:11.
O BTG Pactual (do mesmo grupo que controla a EXAME) registrou lucro recorde no segundo trimestre, de R$ 2,6 bilhões, alta de 18% frente ao mesmo período de 2022.
Com alta em praticamente todas as linhas de negócios, a receita cresceu 21%, para R$ 5,4 bilhões, e o retorno sobre o patrimônio chegou a 22,7%, o maior patamar desde 2015.
Um dos destaques ficou por conta das captações, ou Net New Money, que chegaram a R$ 61 bilhões no período, alta de 40% frente aos três meses anteriores – voltando a acelerar após um momento marcado por saques na indústria em meio aos juros altos e a crise de crédito trazida pelos episódios de Light e Americanas.
Na asset do banco, as captações somaram R$ 25,4 bilhões, mais que o dobro dos R$ 12,5 bi do trimestre anterior. No primeiro semestre, as entradas chegaram a R$ 38 bilhões frente a uma saída de R$ 205 bilhões na indústria de fundos como um todo, de acordo com dados da Anbima.
Na área de wealth management, ou gestão de fortunas, entraram R$ 35,4 bilhões, contra R$ 30,7 bilhões no trimestre anterior.
Ao todo, o estoque de recursos de terceiros chegou a R$ 1,4 tri, aumento de 31% na comparação com o segundo trimestre de 2022.
Após uma estagnação no começo de ano, a carteira de crédito do banco também voltou a crescer e atingiu R$ 154 bilhões, com alta de 31% na comparação anual.
A receita gerada pela área avançou 7%, com as provisões para perdas controladas – aplacando os temores do mercado de que a disparada da inadimplência poderia chegar ao portfólio da instituição, concentrada principalmente em empresas de maior porte.
Na comparação anual, a área de investment banking foi a única a apresentar queda na receita, de quase 37%, para R$ 305,6 milhões, afetada principalmente pela desaceleração de emissões de dívida.
Com a abertura do mercado de ações para follow-ons e block trades, no entanto, houve um aumento de 17% na receita do segmento frente ao trimestre anterior.
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Natalia Viri
Editora do EXAME INJornalista com mais de 15 anos de experiência na cobertura de negócios e finanças. Passou pelas redações de Valor, Veja e Brazil Journal e foi cofundadora do Reset, um portal dedicado a ESG e à nova economia.