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Economia

Tesouro capta US$ 2 bi em estreia em bonds ESG — sem prêmio verde

O cupom ficou acima dos 6% ao ano da última emissão soberana, em abril deste ano

Bonds do governo: títulos são chamados de sustentáveis porque os recursos vão ser usados tanto para objetivos ambientais (verdes) quanto sociais (Getty Images/Reprodução)
Bonds do governo: títulos são chamados de sustentáveis porque os recursos vão ser usados tanto para objetivos ambientais (verdes) quanto sociais (Getty Images/Reprodução)
Natalia Viri

Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 13 de novembro de 2023 às 19:24.

Última atualização em 27 de dezembro de 2023 às 17:26.

Na sua primeira emissão com características ESG, o Tesouro brasileiro captou US$ 2 bilhões com um bônus soberano sustentável de sete anos. O título saiu com uma taxa de 6,5% ao ano — um pouco acima dos 6,33% a que o título tradicional de mesmo vencimento negocia no mercado secundário.

Havia uma expectativa de que a emissão pudesse contar com um “prêmio verde”, ou seja, um desconto na taxa, que não se materializou. “A operação foi precificada como um título tradicional”, aponta um gestor.

O spread foi de 181,9 pontos base acima da Treasury (taxa de juros americana) de referência, o menor nível em novas emissões em quase uma década, segundo o Tesouro Nacional.

O cupom ficou em 6,25% ao ano, acima dos 6% ao ano da última emissão soberana, em abril deste ano, com vencimento em 2033. De lá para cá, no entanto, a taxa de juros americana, quer serve de benchmark, disparou. A emissão foi realizada ao preço de 98,572% do seu valor de face.

Os títulos são chamados de sustentáveis porque os recursos vão ser usados tanto para objetivos ambientais (verdes) quanto sociais. O governo lançou um framework de emissões sustentáveis em setembro, definindo as áreas em que os recursos podem ser aplicados.

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Natalia Viri

Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Jornalista com mais de 15 anos de experiência na cobertura de negócios e finanças. Passou pelas redações de Valor, Veja e Brazil Journal e foi cofundadora do Reset, um portal dedicado a ESG e à nova economia.

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