À espera de bons resultados, JP Morgan passa a recomendar compra para JBS; ação sobe 7%
Banco americano era o único que ainda mantinha recomendação neutra para o papel, mas diz que ainda há espaço para ganho e que segundo trimestre deve ser catalisador positivo
Raquel Brandão
Repórter Exame IN
Publicado em 26 de julho de 2024 às 12:47.
Última atualização em 26 de julho de 2024 às 13:45.
Numa onda de otimismo com os resultados do segundo trimestre (e para o restante do ano), o JP Morgan deu upgrade para a JBS, elevando de neutro para compra e passando preço-alvo de R$ 27 para R$ 37 -- um prêmio de 19,5% sobre o fechamento de quinta-feira.
O time do JP era o único que ainda não recomendava compra para o papel. Com o upgrade do banco e relatórios de prévia com expectativas positivas de mais bancos de investimento, como Citi, XP e BofA, a ação hoje desponta entre as maiores altas do Ibovespa, avançando quase 7% perto das 12h30, para R$33,08. No ano, a ação sobe 33%.
De acordo com os analistas do banco — que passaram a colocar a empresa dos irmãos Batista como a ação preferida do setor ao lado do papel da BRF —, não é tarde para aumentar a exposição ao papel, especialmente considerando a melhora nas margens dos negócios de frango (PPC e Seara), a forte lucratividade de suínos nos Estados Unidos e na Austrália e a estabilidade das margens da carne bovina no mercado americano. O último resultado marcou um ponto de inflexão para a companhia.
Na proteína de frango, o JP Morgan vê que a demanda tem sido forte devido à acessibilidade dos produtos, justamente quando os consumidores passam a fazer substituições para economizar. "Ao mesmo tempo, a oferta está demorando para acompanhar a demanda, pois as indústrias enfrentam desafios técnicos para aumentar a produção", acrescentam Lucas Ferreira, Sebastian Hickman e Froylan Mendez.
O time do banco passou a prever um Ebitda de R$ 8,1 bilhões no segundo trimestre, 15% acima do consenso e aumentou a previsão de Ebitda no ano para R$ 30,3 bilhões, 17% acima da projeção anterior e 10% acima do consenso.
"Vemos a ação negociando a um preço baixo de 4,8x EV/EBITDA e rendimento de 13% fluxo de caixa livre. Com a taxa de câmbio atual, o Ebitda para 2024 aumentaria para R$ 31,5 bilhões e a avaliação seria de 4,6x EV/EBITDA", escrevem os analistas.
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Raquel Brandão
Repórter Exame INJornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado