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Tuna: nova startup do ex-CEO do Peixe Urbano capta R$ 15 milhões

Fundada em 2019, a fintech ajuda empresas de e-commerce a reduzir os gastos com pagamentos

Juan Pascual, Paul Ascher e Alex Tabor, fundadores da Tuna: empresa recebeu aportes dos fundos Canary e Atlantico
 (Tuna/Divulgação)
Juan Pascual, Paul Ascher e Alex Tabor, fundadores da Tuna: empresa recebeu aportes dos fundos Canary e Atlantico (Tuna/Divulgação)
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Carolina Ingizza

26 de agosto de 2021 às 08:30

Alguns negócios já nascem com clientes grandes. No caso da startup Tuna, a própria operação foi criada no final de 2019 para atender a um pedido de uma gigante: a varejista Riachuelo, que estava em busca de uma ferramenta para otimizar os pagamentos do seu e-commerce. A empresa foi fundada pelos empreendedores Alex Tabor, Paul Ascher e Juan Pascual, que usaram sua experiência de pagamentos na startup de compras coletivas Peixe Urbano para começar o negócio.

Hoje, a Tuna é dona de um sistema que ajuda empresas de e-commerce a testar e escolher quais fornecedores de pagamentos e serviços antifraude funcionam melhor para a sua operação. “Nossa meta é ajudar qualquer empresa que tem uma estrutura de pagamento online a ter não só os melhores fornecedores, mas também ter a melhor configuração possível desses fornecedores, a cada momento, com apoio de tecnologia", diz Tabor, que foi diretor de tecnologia e presidente do Peixe Urbano até 2018.

Para as empresas clientes da startup, a principal preocupação é achar um equilíbrio entre eficiência e segurança dos pagamentos, de modo que o sistema reconheça usuários frequentes e bloqueie fraudadores. Conforme o volume transacionado pelas lojas aumenta, mais complexa fica essa equação. A facilidade que a Tuna oferece é a possibilidade dos lojistas testarem novos fornecedores sem precisar mudar a base de uma só vez.

"Com a nossa ferramenta, conseguimos colocar um adquirente versus o outro para testar quem tem as melhores taxas de aprovação. Em alguns casos, ajudamos as lojas a aprovar de 5% a 10% mais compras", diz o cofundador. A startup entra na operação dos clientes como um gateway de pagamento, cobrando uma taxa de centavos por cada transação intermediada com as adquirentes.

Desde que foi fundada, no final de 2019, a Tuna já captou R$ 15 milhões em investimentos. O primeiro aporte aconteceu em 2020, liderado pela Canary, e tinha como objetivo permitir que a empresa transformasse sua tecnologia em um produto adaptável a qualquer negócio. Hoje, além da varejista, a startup está em fase de integração com outros 12 e-commerces. Agora, em 2021, a startup levantou mais capital com o fundo Atlantico para estruturar seu time comercial e de pós-venda.

"Otimizar a infraestrutura de pagamentos do Peixe Urbano foi um dos principais desafios que Alex, Paul e Juan resolveram enquanto trabalhamos juntos. Quando eles me mostraram a visão que tinham de levar essa solução para todo o mercado, com escopo para a América Latina, sabia que tínhamos algo com enorme potencial", diz Julio Vasconcellos, managing partner do Atlantico e fundador do Peixe Urbano.

Marcos Toledo, sócio do Canary, acrescenta: "A trajetória rica dos três fundadores e a
expertise em tecnologia que eles acumularam nos dá confiança de que a Tuna pode ajudar
a transformar o comércio eletrônico em todo o continente".

Com o novo aporte, a Tuna espera dobrar sua equipe de 25 para 50 pessoas até o final do ano, chegando a uma base de 50 clientes — 25 em operação e 25 em fase de integração. Nos próximos meses, a empresa também investe em um braço de subadquirência próprio, englobando adquirência e antifraude em um produto só. 

O momento para expandir a operação não poderia ser melhor. O e-commerce brasileiro está batendo recorde atrás de recorde depois que a pandemia de coronavírus começou. Só no primeiro semestre deste ano, foram movimentados R$ 53,4 bilhões em compras online no Brasil, alta de 31% em relação ao mesmo período do ano passado, segundo dados da consultoria Ebit/Nielsen.

Mas a empresa não quer se limitar ao mercado nacional. Segundo Ascher, a Tuna tem ambições de atender lojistas em toda a América Latina, região onde o e-commerce cresce mais rápido no mundo — a média é de 37% ao ano, contra 32% da América do Norte e 26% da Ásia-Pacífico. “Estamos nos preparando para atender todo tipo de cliente, desde pequenas lojas até grandes corporações, com produtos desenhados para melhor atender cada tipo de cliente”, diz o fundador.

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