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Faster: startup de design que atende Warner e Ambev capta R$ 1,2 milhão

A empresa recebeu investimentos da Domo Invest e de investidores-anjo como Paulo Silveira (Alura) e Marco Fishben (Descomplica)

Daniel Dahia e Vitor Filipe, cofundadores da Faster: empresa foi lançada em outubro de 2020 e já conta com mais de 30 clientes corporativos (Faster/Divulgação)
Daniel Dahia e Vitor Filipe, cofundadores da Faster: empresa foi lançada em outubro de 2020 e já conta com mais de 30 clientes corporativos (Faster/Divulgação)

Publicado em 20 de agosto de 2021 às 15:09.

A startup brasileira Faster não brinca em serviço. Em menos de um ano de operação, acumulou uma carteira de mais de 30 clientes, entre eles Ambev, Warner e L'occitane, vendendo trabalhos de design gráfico sob assinatura. Com crescimento de 20% ao mês, o negócio chamou a atenção de investidores e acaba de captar um aporte de R$ 1,2 milhão com a Domo Invest e com investidores-anjo como Paulo Silveira, fundador da Alura, e Marco Fisbhen, do Descomplica.

Fundada em outubro do ano passado pelos amigos Daniel Dahia e Vitor Filipe, a Faster nasceu para resolver um problema pontual de grandes empresas na pandemia: a criação de placas e avisos para organizar o escritório para a volta dos trabalhadores. “Foi curioso perceber que essas grandes empresas, que contam com o suporte de agências, não conseguiam produzir essas peças de comunicação de forma rápida”, diz Dahia ao EXAME IN.

Depois de resolver a dor momentânea, os fundadores perceberam que havia espaço no mercado para outros serviços pontuais de design. Hoje, a Faster ocupa um espaço entre a equipe de marketing interna dos negócios e as agências que prestam serviço a eles. A startup não pretende assumir campanhas grandes, produzir comerciais de TV ou redesenhar as marcas dos clientes. Ela trabalha com os conceitos já existentes para dar vazão a projetos que precisam estar prontos em menos de um dia: posts em redes sociais, relatórios e apresentações. “As agências até fazem o que a Faster faz, mas o serviço custa caro e a entrega é lenta. Com a gente, as empresas podem executar projetos mais simples e rápidos, como criar um papel timbrado”, diz Vitor Filipe.

A empresa trabalha com um modelo de assinatura em que os clientes ganham créditos para poder trocar por peças de arte ao longo do mês — os pacotes variam entre R$ 4.000 e R$ 7.000. O pacote inicial dá direito a 30 créditos, o que pode resultar entre 20 e 60 peças de arte entregues, a depender da complexidade do serviço. Imagens simples custam um crédito, mas vídeos e infográficos podem chegar a valer quatro.

“No Brasil, existem mais de 30 mil médias e grandes empresas e boa parte delas tem demanda represadas de design gráfico. Podemos dizer que, em toda empresa, existe pelo menos um setor que está deixando de executar a sua estratégia simplesmente porque não consegue dar vazão ao número de peças gráficas. É um mercado de R$ 1,6 bilhão, somente no modelo de design gráfico, e com lacunas que o time da Faster vai preencher”, diz Franco Pontillo, sócio da Domo Invest.

A empresa hoje tem uma equipe de 20 pessoas, dez das quais são designers, e projeta faturar R$ 2 milhões em 2021 e pelo menos R$ 6 milhões em 2022. Com o aporte, os fundadores estão construindo uma plataforma para centralizar os serviços, de modo que as empresas clientes possam fazer o pedido, acompanhar o andamento da produção e fazer devolutivas em um lugar só.

A longo prazo, para poder continuar ganhando escala, os fundadores apostam na criação de um marketplace gerenciado. Em vez de seguir ampliando seu time interno de arte, a Faster quer cadastrar designers autônomos na sua plataforma e conectá-los com as empresas clientes conforme a demanda. “Estamos trocando a asa com o avião voando, mas estamos confiantes de que é o caminho certo”, diz Filipe.

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