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Beleza

Dona da Glambox capta R$ 10 milhões para ir além das assinaturas

O grupo B4A, dono dos clubes de assinatura Glambox e Men’s, soma mais de 70.000 assinantes e projeta chegar a 100.000 até o final do ano

Glambox, marca da B4A: o aporte foi liderado pelo AcNext Capital, grupo de investidores fundado por ex-consultores da Accenture (B4A/Divulgação)
Glambox, marca da B4A: o aporte foi liderado pelo AcNext Capital, grupo de investidores fundado por ex-consultores da Accenture (B4A/Divulgação)
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Carolina Ingizza

13 de maio de 2021 às 10:16

O grupo B4A tem uma missão ambiciosa: construir um ecossistema de beleza digital no Brasil. Dono dos clubes de assinatura de cosméticos Glambox e Men’s, a empresa acumula mais de 70.000 assinantes pelo país, mas não para por aí. Além da frente de e-commerce voltada ao consumidor final, o grupo fornece informações sobre o setor para mais de 200 marcas de beleza e também ajuda influenciadores a monetizar sua audiência.

Para alavancar essas três frentes de negócio, a companhia acaba de captar um aporte de R$ 10 milhões liderado pelo grupo de investidores AcNext Capital, fundado por ex-executivos da Accenture e da Pepsico. Também participaram da rodada os investidores-anjo Eduardo Chalita (ex-CEO da Americanas.com), Donato Ramos (diretor da Imaginarium) e Olivier Grinda (executivo da Clearbanc).

“O que nos chamou atenção na B4A foi como eles estruturaram um modelo de negócio guiado por tecnologia. O time conseguiu crescimento consistente nos últimos anos sem financiamento externo. Com a entrada desse investimento, acreditamos que o negócio vai crescer de forma acelerada”, diz André Cruz, sócio da AcNext Capital.

A B4A foi idealizada pelo alemão Jan Riehle, que deixou sua posição em um fundo de private equity suíço para empreender no Brasil há 11 anos. Em 2017, após uma série de investimentos em startups brasileiras, Riehle teve a ideia de construiur grupo de beleza digital. A inspiração foi a britânica THG (que levantou mais de US$ 1 bilhão em rodada liderada pelo SoftBank nesta semana), dona de marcas de beleza, clubes de assinatura e lojas de cosméticos.

Em vez de começar do zero, o empreendedor comprou os clubes de assinatura Glambox e Men’s, dando início ao grupo B4A. “As marcas já tinham um produto validado, só precisavam de impulso para se tornarem rentáveis”, diz Riehle. 

Jan Riehle, fundador e presidente da B4A (B4A/Divulgação)

De lá para cá, o grupo construiu uma frente de negócio corporativa para ajudar marcas de beleza com dados sobre hábitos de consumo e canais digitais de venda. Como tem acesso a uma base de mais de 70.000 consumidores de produtos de beleza, a B4A consegue dar visibilidade para as empresas que se associam a ela. Além disso, a empresa conecta influenciadores do segmento de beleza com seus parceiros comerciais, ampliando os pontos de contato com os consumidores de cosméticos.

Atualmente, a B4A tem 150 funcionários e cresce 8% ao mês desde 2019. Com o impulso do aporte, a companhia vai investir em tecnologia, aprimorar seu programa de influenciadores e melhorar a jornada de compra no e-commerce para o cliente final. A meta é terminar o ano com pelo menos 100.000 assinantes nos dois clubes de assinaturas.

Espaço para crescer não falta. O setor de beleza do Brasil, que já é o quarto maior do mundo, cresceu 5,8% em 2020, mesmo com a pandemia. Projeções da consultoria Euromonitor International mostram que, de 2019 a 2024, os segmentos de cuidados com a pele e com o cabelo devem crescer 5,5% e 1,8%, respectivamente, no país.

Além do potencial do setor, a B4A também se beneficia por trabalhar com e-commerce, um dos segmentos mais beneficiados pela pandemia — com crescimento de 41% em 2020. O modelo de negócio da companhia, que privilegia o relacionamento direto com consumidor, também está em alta. Marcas como Sallve e Dr. Jones atuam nesse segmento e conquistaram aportes milionários para construírem seus negócios.

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