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Fusões e Aquisições

Vinci Partners se une a Compass e salta para US$ 50 bi sob gestão

Operação triplica ativos sob gestão da Vinci; Compass terá 18% da gestora brasileira

Vinci Partners: Alessandro Horta, CEO da gestora brasileira diz que combinação é prazo significativo para crescimento de longo prazo (Vinci/Reprodução)
Vinci Partners: Alessandro Horta, CEO da gestora brasileira diz que combinação é prazo significativo para crescimento de longo prazo (Vinci/Reprodução)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

7 de março de 2024 às 21:39

A brasileira Vinci Partners acertou nesta quinta-feira, 7, uma combinação de negócios com a Compass, uma gestora americana especializada em operações na América Latina. Na prática, a Vinci vai incorporar a Compass e basicamentre triplicar o valor de ativos sob sua gestão para US$ 50 bilhões -- tornando-se a maior gestora brasileira independente nesse quesito.

A operação também amplia o mapa da Vinci, expandindo sua presença geográfica em oito países, como foco na região da América Latina. "A combinação com a Compass representa o passo mais significativo até agora em nosso plano estratégico de crescimento de longo prazo", diz Alessandro Horta, CEO e um dos sócios fundadores da Vinci. Entre os fundadores da gestora também está Gilberto Sayão, atual presidente do conselho. 

A Compass é uma gestora de ativos independente e empresa de consultoria de investimentos que atua em sete países latino-americanos, além de estar nos Estados Unidos e Reino Unido. Fundada em 1995, ela tem 20 sócios executivos. Para a Compass, a combinação dá acesso a um conjunto líder e diversificado de oportunidades de investimento alternativo no Brasil, pela atuação da Vinci. 

O principal negócio da nova companhia será private equity, mas fundos exclusivos customizados para clientes (IP&S) também devem representar parte relevante da receita. Hoje, a Vinci tem R$ 8 bilhões em private equity, com investimentos em empresas como a rede de alimentação Domino's, o laboratório de imagem diagnóstica Cura, e o grupo de varejo dono das lojas Le Biscuit.

Segundo o comunicado, a transação terá um valor total inicial de 11.783.384 ações da classe A da Vinci, e uma parcela em dinheiro de US$31,3 milhões, na forma de ações resgatáveis da classe C. Ou seja, os sócios da Compass ficarão com 18% da Vinci, que é listada na Nasdaq.

Conforme o acordo, os sócios da Compass têm direito a um 'earn-out' de até uma participação adicional de 7,5%, sujeito à realização de métricas de desempenho, a ser pago até 2028.

Concluída a combinação, Manuel Balbontín, sócio, fundador e presidente da Compass, e Jaime de la Barra, sócio, fundador e vice-presidente da gestora americana, se juntarão ao conselho de administração da Vinci.

Executivos e gestores seniores da Compass continuarão em seus cargos atuais, seguindo um plano de longo prazo alinhado com o plano atualmente em vigor para os sócios executivos da Vinci.

A expectativa é que a transção seja concluída no terceiro trimestre de 2024, sujeita a aprovações regulatórias.

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Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado