ESG

Clima de tensão: Austrália e Turquia entram em impasse para sediar Cúpula do Clima em 2026

Sofia Schuck

22 de novembro de 2024 às 11:00

Leandro Fonseca/Exame

A poucos dias do fim das negociações da Conferência do Clima da ONU (COP29), em Baku, no Azerbaijão, aumentam as expectativas sobre quem será o país-anfitrião da COP31 em 2026.

De olho em sediar o maior evento de combate à crise climática do mundo, esta quarta-feira (20) foi marcada por impasses entre dois países que apresentaram candidaturas: Austrália e Turquia.

Getty Images/Getty Images

Enquanto a Austrália propõe uma "COP do Pacífico" com ênfase nos desafios climáticos que afetam estados insulares vulneráveis da região, a Turquia argumenta que sua localização no Mediterrâneo a aproxima dos últimos países-sedes da Cúpula.

A decisão requer o apoio unânime dos 29 países do grupo regional "Europa Ocidental e Outros" das Nações Unidas e deve acontecer a portas fechadas nos últimos dias da COP29 -- prevista para terminar nesta sexta-feira (22), mas com possível desenrolar até o fim de semana.

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Se espera que quem leve a vitória é a Austrália, com o possível apoio de 23 dos 29 países do grupo. Caso o jogo vire e a Turquia seja a escolhida, isto significaria que a COP permaneceria na região do Oriente Médio e Ásia Central por três anos seguidos.

Egito (COP27); Emirados Árabes Unidos (COP28) e Azerbaijão (COP29). No ano que vem, a Cúpula será pela primeira vez no Brasil, em Belém do Pará.

Leandro Fonseca/Exame

Especialistas ressaltam que a definição do país-sede é crucial para alavancar a ação climática até o marco de 2030 e limitar o aquecimento do planeta a 1,5ºC como previsto pelo Acordo de Paris.

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