Logo Exame.com
Iguatemi

Na Iguatemi, ocupação chega a 96% e impulsiona projetos de expansão

Lucro líquido cresceu 69% no terceiro trimestre e companhia voltou a patamares pré-pandemia de ocupação

Iguatemi Brasília: empreendimento vai ganhar 90 novas lojas  (Iguatemi/Divulgação)
Iguatemi Brasília: empreendimento vai ganhar 90 novas lojas (Iguatemi/Divulgação)
Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 5 de novembro de 2024 às 19:13.

O setor de shoppings centers está aquecido. Na Iguatemi, o terceiro trimestre foi mais um com crescimento de vendas, com a ocupação chegando a 95,9%, um dos patamares mais altos da história da companhia – deixando para trás, de vez, os impactos da pandemia, além de colocar o grupo mais perto da projeção de 97% de ocupação ao fim deste ano.

No período, as vendas totais chegaram a R% 4,9 bilhões, avançando 9,7% sobre o mesmo intervalo de 2023 e levando a um lucro líquido de R$ 101,2 milhões, 69% a mais do que em 2023.

A receita líquida da companhia cresceu 10%, para R$ 310,65 milhões, com destaque para as operações de varejo (como o marketplace da Iguatemi), além do avanço na receita de aluguéis e de estacionamento.

“O crescimento das vendas dos lojistas ajudou em todos os indicadores. Houve um ganho real sobre a inflação de quase cinco pontos no same-store rents (indicador de locação de lojas com mais de 12 meses), o que mostra a força dos nossos lojistas mesmo com repasse dos aluguéis”, diz Guido Oliveira, CFO da Iguatemi.

ENTREVISTA: “Se o mercado não entende a boa fase da Multiplan, eu entendo”, diz CEO

A empresa conseguiu manter os custos e despesas e reportou um avanço de 7,7% no Ebitda, para R$ 227,48 milhões. O fluxo de caixa operacional (FFO) cresceu 14,6%, para R$ 166,4 milhões.

“Isso tudo levou a uma melhora da estrutura de capital da companhia, com a redução de alavancagem”, diz o CFO. A relação dívida líquida sobre Ebitda passou de 2,3 vezes no terceiro trimestre de 2023 para 1,67 vez, o que ajudou a melhor a última linha e o FFO, destaca Oliveira.

Com números fortes, o grupo Iguatemi já está de olho em 2025. A demanda crescente dos lojistas por novos espaços, incentivou a companhia a anunciar novas expansões, como a do Shopping Iguatemi Brasília e a do tradicional Iguatemi São Paulo, na Faria Lima. A empresa também deu início à reforma do Market Place, que passará a ter escritórios e uma torre residencial.

Agora, a empresa já estuda novos projetos de expansão para o próximo ano e 2026. “Esses três já vão se iniciar em 2025 e devemos anunciar outras expansões ao longo de 2025 e 2026. É um vetor que sempre foi muito importante para a Iguatemi, um vetor de crescimento e desenvolvimento.”

Para isso, a companhia tem feito uma forte gestão de portfólio. Comprou uma fatia do RioSul voltando à capital fluminense, mas vendeu 18% do Iguatemi Alphaville, do qual detinha mais de 70%, e vendeu toda a participação que tinha no Iguatemi São Carlos.

“O cap rate das operações está num patamar razoável, está num preço adequado no mercado privado. O que não está razoável é o cap rate das empresas na Bolsa, que estão com seus papéis com muito desconto.”

As ações da Iguatemi acumulam perda de quase 12% no ano, negociadas a R$ 21,09.

Para quem decide. Por quem decide.

Saiba antes. Receba o Insight no seu email

Li e concordo com os Termos de Uso e Política de Privacidade

Raquel Brandão

Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Jornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado

Continua após a publicidade
ENTREVISTA: “Se o mercado não entende a boa fase da Multiplan, eu entendo”, diz CEO

ENTREVISTA: “Se o mercado não entende a boa fase da Multiplan, eu entendo”, diz CEO

Na Multiplan, saída do OTPP vira ganha-ganha para acionistas

Na Multiplan, saída do OTPP vira ganha-ganha para acionistas