Logo Exame.com
Breaking NewsBalanços

Iguatemi fecha ano de recordes e mira expansão em 2024

Combinação de aumento de vendas e de margem, somado a custos sob controle, trouxe lucro líquido de R$ 304,7 milhões em 2023

Iguatemi: foco em expansão de prédios já ocupados em 2024 (Divulgação / Iguatemi/Site Exame)
Iguatemi: foco em expansão de prédios já ocupados em 2024 (Divulgação / Iguatemi/Site Exame)
Karina Souza

Karina Souza

Repórter Exame IN

Publicado em 20 de fevereiro de 2024 às 18:25.

Última atualização em 21 de fevereiro de 2024 às 09:27.

A Iguatemi fechou um ano de recordes. Apoiada em uma estratégia de vendas acertada -- e na exposição a uma camada da população economicamente mais resiliente -- a companhia aumentou receita e margens ao longo do ano, em uma combinação que reverberou até a última linha do balanço: o lucro líquido do período foi de R$ 304,7 milhões, ante R$ 7,5 milhões em 2022.

A companhia apresentou indicadores acima do guidance divulgado ao mercado. A Iguatemi tinha uma previsão de margem Ebitda para a operação de shoppings (que responde por 90% do faturamento) entre 78% e 81% e chegou a 83,6%. No Ebitda geral, o guidance era de 69% a 72% e a empresa chegou a 75%.

Na receita líquida, ficou mais perto do teto do que da base das expectativas. A previsão era de crescimento entre 13% e 18% e a companhia cresceu 16,1%. O FFO (fluxo de caixa gerado nas operações) ajustado foi de R$ 562,8 milhões no ano, 33,3% acima de 2022, com margem de 45,9%.

No acumulado do ano, as vendas totais somaram R$ 18,9 bilhões, alta de 11,2% sobre o ano anterior. "É o maior crescimento anual de vendas sem variação em área bruta locável da história da Iguatemi", afirmou a companhia na prévia dos resultados, em janeiro. 

"Considerando que o IGP-M do período foi negativo e o IPCA acumulado em torno de 4,70%, conseguimos fazer uma venda com ganho real em torno de 5,3%, om o mesmo portfólio", diz Guido Oliveira, CFO da Iguatemi.

O ganho foi impulsionado pela alta procura pelos espaços da Iguatemi. No ano, a empresa aumentou os aluguéis em 10,1%, também incrementando o volume de lojas ocupadas. No acumulado do ano, a média do portfólio ficou com uma ocupação de 93,3% (aumento em relação aos 92,9% de 2022).

"Foi um ano muito importante, com crescimento em vendas e manutenção de um patamar de custo para os lojistas saudável, em 11,7%. Além disso, fechamos o ano com inadimplência de 1,2%", diz o CFO. "A entrada de lojistas qualificados e a consequente diminuição de área vaga impactou positivamente as vendas mesmas áreas (SAS) e vendas mesmas lojas (SSS), que tiveram 11,2% e 9,0% de crescimento, respectivamente".

A companhia chegou a todos esses resultados com sua estratégia de avançar em um nicho de mercado economicamente mais resiliente, focado nas classes A e AB. Ao trabalhar com esse público, a companhia consegue mais previsibilidade de renda em meio às variações da economia.

“Se você olhar nosso histórico, mesmo durante a recessão de 2015-16, o PIB caiu 7,5%, mas nossas vendas nunca ficaram negativas, nem nosso aluguel. Isso mostra a referência do nosso cliente”, diz o CFO.

Ao longo de 2023, a empresa focou em eventos e ativações de marketing, bem como no olhar atento às necessidades das marcas para entregar ofertas adequadas às demandas de cada uma.

“Se você olhar o Iguatemi da Faria Lima, estamos em obras com a flagship da Balenciaga, estamos fazendo a flagship da Loewe, algo único no Brasil. A Tiffany já existia, mas vamos fazer a flagship em dois andares, já fizemos até obra no meio do shopping”, diz o CFO. 

Em 2024, o foco na estratégia continua. Mas, ao contrário de 2023, em que a companhia cresceu sem aumentar área bruta locável, neste ano, vai investir em mais espaços -- principalmente, expansões de empreendimentos atuais.

Hoje, a Iguatemi trabalha a expansão do Iguatemi São Paulo, na Faria Lima, e já tem um projeto de expansão do Iguatemi Brasília (ainda sob aprovação na prefeitura).

Também anunciou, recentemente, o projeto de retrofit do Shopping Market Place, em São Paulo, mudando com o crescimento de área útil, com uma torre residencial e mais escritórios. "Vamos anunciar pouco a pouco os projetos ao longo de 2024", diz o CFO.

No balanço, há fôlego para os investimentos. A companhia fechou o ano com um indicador de dívida líquida/Ebitda em 1,91 vez, ligeiramente abaixo das expectativas de mercado, em torno de 2 vezes.

Essa estratégia deve levar a Iguatemi para a próxima etapa de crescimento. Em 2024, a companhia espera crescer a receita líquida de shoppings entre 4% e 9%, ter uma margem Ebitda de shoppings entre 82% e 85% (sendo o intervalo geral entre 75% e 79%) além de um capex entre R$ 190 milhões e R$ 230 milhões.

Para quem decide. Por quem decide.

Saiba antes. Receba o Insight no seu email

Li e concordo com os Termos de Uso e Política de Privacidade

Karina Souza

Karina Souza

Repórter Exame IN

Formada pela Universidade Anhembi Morumbi e pós-graduada pela Saint Paul, é repórter do Exame IN desde abril de 2022 e está na Exame desde 2020. Antes disso, passou por grandes agências de comunicação.

Continua após a publicidade
Líder em whey protein no Brasil, Supley vai às compras para ganhar mais musculatura

Líder em whey protein no Brasil, Supley vai às compras para ganhar mais musculatura

Log, de galpões, turbina dividendos: “Estamos no nosso melhor momento”, diz CEO

Log, de galpões, turbina dividendos: “Estamos no nosso melhor momento”, diz CEO