Zema avança em projeto de privatizações. Quem sai na frente: Copasa ou Cemig?
Governador de Minas enviou proposta de PEC para simplificar a desestatização das empresas de saneamento e energia
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Cemig: estatal de energia pode enfrentar mais resistência política (Bruno Magalhaes/Agência Nitro/Site Exame)
Publicado em 22 de agosto de 2023 às, 14h20.
Última atualização em 22 de agosto de 2023 às, 14h21.
O governo de Romeu Zema enviou no fim da tarde de ontem uma proposta à Assembleia Legislativa de Minas Gerais para simplificar processos de privatização, dando início a um aguardado processo que pode culminar com a venda de empresas como Copasa, de saneamento, e a Cemig, de energia.
O processo promete ser longo. O próprio governo não quis cravar um timing mais ambicioso e se comprometeu a concluí-lo até 2026, quando termina o segundo mandato de Zema à frente do Estado.
Mas parte do mercado aposta que a desestatização da Copasa pode sair na frente.
“A Copasa acumula mais queixas de prefeitos, enquanto a Cemig, além de ser um negócio mais complexo, é vista mais como o ‘orgulho de Minas’ e pode encontrar mais resistência política”, afirma um analista que acompanha de perto o setor.
Os papéis da empresa de saneamento, que já tinham subido 3,5% ontem, registram alta de cerca de 3% por volta das 14 horas. As ações ordinárias da Cemig avançaram 1,75% e 1,33%, respectivamente.
A proposta de alteração da Constituição Estadual (PEC) tem a intenção de eliminar a necessidade de um referendo no caso de privatização de suas empresas de serviços públicos (água, energia elétrica e gás).
A PEC também estabelece que essas privatizações seriam por aprovação de 50% +1 na Assembleia Estadual. Atualmente, é preciso que haja 60% dos votos a favor.
Se superado o avanço da PEC, seria preciso definir um modelo de privatização – se por oferta de ações ou uma simples venda do controle.
No caso da Copasa, o mercado enxerga também um maior potencial de valorização, já que hoje a companhia é negociada em bolsa abaixo da sua base de ativos de regulatórios, a 0,72 x EV/RAB, com amplo potencial para ganho de eficiência.
Com as eleições municipais do próximo ano se aproximando, o timing também é um fator chave para a Copasa – já que é preciso autorização das prefeituras para as quais a estatal presta serviços, aponta a equipe do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME).
Créditos

Raquel Brandão
Repórter Exame INJornalista há mais de uma década, foi do Estadão, passando pela coluna do comentarista Celso Ming. Também foi repórter de empresas e bens de consumo no Valor Econômico. Na Exame desde 2022, cobre companhias abertas e bastidores do mercado
Natalia Viri
Editora do EXAME INJornalista com mais de 15 anos de experiência na cobertura de negócios e finanças. Passou pelas redações de Valor, Veja e Brazil Journal e foi cofundadora do Reset, um portal dedicado a ESG e à nova economia.Últimas Notícias
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