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Eletrobras

Wilson Ferreira deve retornar à presidência da Eletrobras

O executivo foi peça fundamental tanto na construção da estrutura de uma governança interna quanto da reorganização envolvendo as diversas controladas

Ferreira: sucessão era um dos principais assuntos do novo colegiado da Vibra, eleito no começo deste ano (Germano Lüders/Exame)
Ferreira: sucessão era um dos principais assuntos do novo colegiado da Vibra, eleito no começo deste ano (Germano Lüders/Exame)
GV

Graziella Valenti

20 de julho de 2022 às 10:01

Tudo indica que a saída precoce de Wilson Ferreira da presidência da Vibra tem um motivo de força maior: a posição de CEO na Eletrobras. Embora o novo conselho de administração da companhia, recém-privatizada, ainda não tenha sido eleito, a expectativa é que o executivo volte à agora ex-estatal, conforme apurou o EXAME IN.

Ferreira foi quem preparou a Eletrobras para ser vendida pelo governo. Esteve no comando da empresa de julho de 2016 a janeiro de 2021. Foi peça fundamental tanto na construção da estrutura de uma governança interna quanto da reorganização envolvendo as diversas controladas. Procurado, Ferreira ainda não retornou à reportagem.

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O novo conselho de administração da Eletrobras deve ser definido no dia 5 de agosto. Os donos de ações ordinárias indicaram os nome de Carlos Augusto Leone Piani, Ivan Monteiro, Marcelo Gasparino, Marisete Pereira, Octavio Cortes Pereira Lopes e Vicente Falconi. Outros três nomes são indicados para um novo mandato: Daniel Alves Ferreira, Felipe Villela Dias e Marcelo de Siqueira Freitas. Há, ainda, um nome indicado pelos acionistas donos de ações preferenciais, Pedro Batista, e um indicado pelos colaboradores da empresa, Carlos Eduardo Rodrigues Pereira.

Os nomes foram indicados por um grupo formado por 3G Radar, Banco Clássico, Maliko investments, Navi Capital, SPX Equities, Vinci Equities e XP. Antes de assumirem, efetivamente, as cadeiras, os indicados ainda vão passar pelo tradicional processo de comitê de pessoas e de elegibilidade.

A companhia de energia, que foi avaliada em R$ 100 bilhões, no processo que pulverizou seu controle na bolsa, era considerada uma das estatais que mais sofriam interferência política, uma vez que as diretorias dessas subsidiárias eram loteadas politicamente – nos mais variados governos.

A saída da Vibra deve surpreender o mercado. O conselho de administração da companhia, ex-BR Distribuidora, vai conduzir o processo de substituição. De acordo com fontes próximas à empresa, a sucessão era um dos principais assuntos do novo colegiado, eleito no começo deste ano. A saída de Ferreira era um “risco calculado” pelos acionistas da companhia, justamente devido à possibilidade de um retorno à Eletrobras pós-privatização ou um eventual convite para composição de um ministério.

Entretanto, não houve tempo para que os trabalhos avançassem ao ponto de já haver um nome pronto para a cadeira. O conselho da Vibra deve avaliar tanto as opções internas como externas.

 

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