Fama sai do capital da Linx e conclui venda de participação de 3%
Gestora vê melhores oportunidades de alocação de capital nesse momento
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FAMA_Fabio Alperowitch (FAMA/Divulgação)
Publicado em 5 de novembro de 2020, 11h59.
Última atualização em 5 de novembro de 2020, 12h36.
A Fama Investimentos decidiu vender sua participação e de investidores que representa na Linx. A saída foi concluída ontem. A casa tinha aos seus cuidados uma posição da ordem de 3% da empresa de software, o equivalente a cerca de 190 milhões de reais. “Acredito que há melhores oportunidades de alocação de capital hoje no mercado”, explica Fabio Alperowitch, gestor e fundador da casa. Segundo ele, essa é a essência da decisão.
A Fama foi uma das casas mais vocais na crítica ao conjunto da proposta anunciada pela Stone, para aquisição da companhia, na questão da governança da operação. A Stone propõe pagar aos acionistas da Linx um total de 6,35 bilhões de reais por meio da incorporação das ações da empresa. Em seguida, haverá um resgate dos papéis e os investidores receberão 90% do total em dinheiro e o restante, em ações ou BDRs da Stone. A incorporação, portanto a oferta, será votada pelos acionistas da Linx em assembleia, no próximo dia 17.
“Há momentos em que nem sempre o papel de gestor, da melhor alocação de capital, e o papel de ativista das práticas ESG convergem”, afirma, quando questionado sobre os motivos de vender antes da assembleia. “Minhas críticas à operação continuam existindo e vou continuar com minha atuação. Nada me impede disso. Qualquer eventual conflito com meu papel de gestor deixa de existir. Minha agenda sobre a transação pode ficar, inclusive, mais forte.”
Alperowitch foi crítico à governança da oferta porque ela inclui, ao mesmo tempo, uma comprimisso com a Stone — com multas previstas — e um acordo de não competição de 185 milhões de reais para o trio de fundadores, que somam 14,5% do capital da Linx.
Havia rumores de que a fatia da Fama na empresa era bastante inferior a 3%. Sobre isso Alperowitch explica que possui o mandato de diversos investidores internacionais para selecionar as aplicações. Algumas vezes o investimento é feito via fundo da Fama e outras, em nome do investidor ou por meio de um veículo próprio.
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