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Remy Sharp
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A Eletrobras acaba de precificar uma das maiores emissões de debêntures da história do país, de R$ 7 bilhões, com uma demanda de quase duas vezes a oferta e compressão de taxas reforçando a volta do apetite dos investidores depois de um mercado de dívida praticamente fechado durante o primeiro semestre.

Os títulos têm duas séries. A primeira, de R$ 4 bilhões, é uma debênture de infraestrutura, que conta com incentivos fiscais, e vencimento em oito anos. Outra tranche, de R$ 3 bilhões é não incentivada, vence em cinco anos e tem metas sustentáveis, o que marca a estreia da empresa de energia em dívidas ESG. A demanda total foi de R$ 13 bilhões, ou 1,8 vez o book, um número forte, especialmente dado o tamanho da oferta.

Com isso, houve queda na taxa. A tranche de infraestrutura saiu NTN-B 2030 +1%, 30 bps a menos do que o preço balizado pela garantia firme dos bancos. Já a série não incentivada saiu a CDI + 1,55%, frente a uma indicação inicial de CDI + 2,15%.

O perfil dos investidores foi diversificado, de assets a varejo, passando por private banking, segundo uma fonte que participou da operação.

“A Eletrobras foi muito ágil em conseguir aproveitar a janela de emissões, porque a fila de emissões daqui para a frente é grande e poderia haver concorrência”, afirma uma fonte que acompanhou de perto a transação.

No mercado, a estima é que haja mais de R$ 30 bilhões para sair em dívida doméstica nos próximos meses. “A questão é se vai ter demanda para tudo isso”, pondera a fonte. “Algumas podem morrer na praia.”

As emissões de dívida voltaram desde agosto, quando Aegea e TIM conseguiram colocar ofertas grandes, de R$ 5 bilhões na rua, com boa demanda (no caso da empresa de saneamento, garantida em parte pelo BNDES).

A Eletrobras conseguiu uma taxa melhor que a da TIM, que saiu a CDI +2,15%, com mesmo perfil, com rating AAA e vencimento semelhante na série de cinco anos.

BTG Pactual, UBS BB, Santander e Bradesco BBI coordenaram a oferta.

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