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Com 80% de lojas fechadas, Via Varejo vê alta de 10% nas vendas de maio
Varejista se apresenta para investidores como empresa moderna, com reforço acelerado no e-commerce após ataque da covid-19
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Via Varejo: mais de 80% das 1.000 lojas estão fechadas devido à pandemia (Divulgação/Divulgação)
Publicado em 14 de maio de 2020 às, 19h16.
Última atualização em 14 de maio de 2020 às, 20h26.
Os investidores comemoraram a alta das ações quando a Via Varejo avisou que havia alcançado, com o reforço dos canais digitais, a marca de 70% do orçamento de vendas programado pré-coronavírus. Hoje, o presidente da empresa, Roberto Fulcherberguer, ao comentar o balanço do trimestre divulgado ontem à noite, atualizou a fotografia: em abril, a companhia alcançou um volume de 90% das vendas de igual período de 2019 e em maio, até o Dia das Mães, conseguiu crescimento. Segundo ele, as vendas totalizaram 110% do volume do ano anterior. “Tudo isso com mais de 80% de nossas lojas fechadas”, enfatizou ele em entrevista ao EXAME In. A empresa tem mais de 1.000 pontos de venda no país.
Na crise, a Via Varejo está se mostrando, acima de tudo, uma boa varejista de si própria. Após diversas mudanças societárias, a empresa que tem duas das marcas mais antigas do varejo de bens duráveis do país, Casas Bahia e Ponto Frio, consegue agora se vender como um negócio moderno, após acumular críticas sobre sua estratégia digital — ou a falta dela. “Fizemos a mais rápida e de maior sucesso transformação digital do varejo brasileiro.” Essa é a mensagem que Fulcherberguer vem reforçando.
E é por conta dessa percepção que a Via Varejo está se recuperando do estrago que a pandemia fez sobre o valor das empresas abertas brasileiras. Antes do coronavírus se espalhar pelo país, a companhia valia 18 bilhões de reais na B3. Esse valor caiu a 6,9 bilhões de reais em março, ou seja, um tombo de 50%. Agora, já recuperou boa parte disso e está em quase 12 bilhões de reais.
“E não, nós não estamos comprando share de mercado”, afirmou Fulcherberguer, quando questionando sobre preocupações de investidores de que a companhia possa estar acelerando as vendas com promoções em excesso ou descuidando das margens. “Não posso dar números. O que posso fazer é explicar que nossa margem de e-commerce hoje é maior do que era pré-covid e que, ao mesmo tempo, estamos sem boa parte dos custos das lojas físicas. É uma boa combinação”, afirmou ele. O grande temor do mercado é que a rentabilidade do negócio esteja sendo comprometida com a estratégia digital.
Na contramão do que era esperado para o setor, a Via Varejo trouxe aos investidores no balanço de janeiro a março o primeiro lucro desde junho de 2018: 13 milhões de reais. O valor, segundo a empresa, deveria ser 100 milhões de reais, não tivesse vindo a pandemia. No mesmo período de 2019, a companhia reportou prejuízo de 50 milhões de reais. A receita líquida, no período, ficou praticamente estável em 6,34 bilhões de reais, enquanto o Ebitda subiu quase 30%, para 563 milhões de reais.
O presidente da companhia atribuiu o desempenho ao esforço sobre os canais digitais e à adoção do modelo de vendedores online, que estão ativando a base de clientes da empresa. Hoje, eles já respondem por 20% das vendas e o tíquete médio que conseguem é 25% superior às compras digitais feitas sem assistência, de acordo com Fulcherberguer. A companhia tem atualmente 11,2 milhões de usuários ativos mensais em seus canais eletrônicos, ante 1,5 milhão em junho do ano passado. O número de visitas aumentou 345% no primeiro trimestre. Quando março é destacado do período, a expansão foi de 450%.
Oferta de ações
Fulcherberguer não gosta de falar sobre o que o mercado mais quer saber, além das margens dos canais digitais: e a oferta de ações? O executivo mantém o discurso de que a empresa está atenda às oportunidades de mercado. “É nossa obrigação olhar todas as possibilidades”, disse ao EXAME In, repetindo um mantra recente.
Ao fim de março, a Via Varejo tinha uma posição líquida de caixa de 828 milhões de reais quando considerados recebíveis ainda não descontados — ou seja, tinha um saldo de 2,9 bilhões de reais, entre aplicações e recebíveis, para uma dívida bruta de 2,05 bilhões de reais. Houve uma piora em relação à folga de 2,2 bilhões de reais registrada no fechamento de dezembro, mas a empresa ainda considera uma situação segura.
Após os números do primeiro trimestre, que acalmaram em parte os temores de que a companhia poderia estar queimando dinheiro em velocidade muito acelerada para estimular as vendas, diminuiu a aposta em uma oferta de ações de 5 bilhões de reais, conforme rumores do começo do mês. A expectativa é que, se a empresa optar por reforçar o caixa com emissão de ações — e essa ainda é a crença, inclusive devido ao discurso —, não será em um volume tão expressivo, que equivaleria a uma diluição de quase 50% da base atual de sócios.
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