19 de abril de 2024 às 20:04
"Nossa vida nada mais é do que uma longa espera", o aforismo do filósofo francês Jean-Paul Sartre (1905 - 1980).
Pode soar niilista demais em um primeiro olhar, mas pode bem traduzir o que foi a pretensa vida de Atlas, não o titã da mitologia grega, mas sim, o robô criado pela americana Boston Dynamics, o primeiro grande humanoide deste século.
Desligado de suas tarefas oficialmente no dia 17 de abril, o robusto Atlas ficou conhecido por suas habilidades de corrida ao ar livre, acrobacias e aparições constantes que marcavam o passo acelerado da tecnologia.
Após mais de uma década em destaque, a máquina teve uma existência preenchida de espera.
Aguardou seu grande momento — o lançamento comercial como auxiliar de resgates em desastres como terremotos e desabamentos —, mas por fim, viveu com um longo prelúdio para o futuro autônomo ensaiado por seus criadores.
Atlas, jamais saiu do laboratório. O modelo antigo dá lugar a uma versão totalmente elétrica, também chamada Atlas, mas dessa vez, projetada para aplicações comerciais e industriais no mundo real.
O substituto se destaca por sua capacidade de se levantar rapidamente de uma posição horizontal para uma postura bípede, apresentando maior agilidade e um design mais enxuto.