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Sem agulhas, IA brasileira detecta câncer de mama em exames de sangue

Laura Pancini

10 de maio de 2025 às 07:14

Siam Pukkato / EyeEm/Getty Images

Numa consulta rotineira ao médico, uma mulher pode ter a vida transformada ao fazer um simples exame de sangue. O sistema de saúde, já saturado de diagnósticos tardios, ganha uma nova esperança com a chegada da startup Huna.

Fundada em 2021 por Daniella Castro e Vinicius Ribeiro, a empresa integra dados como o do hemograma para identificar padrões de risco ocultos, que indicam a presença de câncer de mama.

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Hoje, a Huna analisa testes feitos até um ano antes, mas a ideia é que, num futuro ideal, a tecnologia da Huna se integre diretamente ao processo de triagem de saúde pública e privada, utilizando exames como o hemograma para detectar sinais precoces de câncer

rudigobbo / Getty Images/

A proposta da Huna é simples: usar IA para encontrar assinaturas biológicas no sangue que indiquem risco de câncer de mama. A startup complementa, e não substitui, exames como a mamografia.

Vale ressaltar que a Huna não precisa realizar novos exames no paciente para obter os resultados. Ela usa o hemograma mais recente e aplica sua tecnologia sobre esses dados, tornando o processo mais barato e simples do que os métodos convencionais de diagnóstico

Huna/Divulgação

A equipe analisou hemogramas de quase 400 mil mulheres e identificou 2.861 casos (0,72%) com risco de câncer de mama e outros 979 casos altamente suspeitos

Desde então, novos testes feitos mostram que, entre 500 mil pacientes, a Huna identificou entre duas a três vezes mais casos de câncer de mama do que o método tradicional, que encontra 1 caso a cada mil

Sem filas, custos e agulhas, IA brasileira detecta câncer de mama em exames de sangue