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De ex-condenado a bilionário: como ele construiu uma fortuna de US$ 8 bi vendendo carros usados

Marcos Bonfim

10 de maio de 2024 às 11:57

Alan Schein Photography/Getty Images

A história do americano Ernest Garcia II ainda não virou filme ou série, mas isso deve acontecer em algum momento. Vendedor de carros usados, o empresário tem na ficha uma condenação por fraude, amizade com ex-vice-presidente americano e uma volumosa conta bancária.

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Um personagem e tanto para diretores em busca de um roteiro. O americano é dono de uma fortuna estimada em US$ 8,3 bilhões e ocupa a posição 278º entre as pessoas mais ricas do mundo.

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Advogado, Garcia II começou a sua carreira no mercado imobiliário. E foi lá em que obteve a condenação que marcaria a sua história, em 1990, aos 33 anos.

Ele se declarou culpado da acusação de fraude bancária por seu relacionamento com a Lincoln Savings & Loan em 1990, instituição que foi à falência entre o final dos anos 1980.

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À justiça, admitiu ter obtido, de forma fraudulenta, uma linha de crédito de US$ 30 milhões e feito uma série de transações que ajudaram Lincoln a esconder dos agentes reguladores propriedades em terras com risco financeiro no deserto do Arizona.

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Pela condenação, ficou três anos em liberdade condicional. No mesmo período, ele migrou para o mercado de carros usados, onde construiu o seu patrimônio nas últimas três décadas.

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Para fazer isso, adquiriu a operação da Ugly Duckling, um negócio de aluguel de carros à beira da falência, por menos de US$ 1 milhão. Não conseguiu o esperado “turn around”. O sucesso só veio após fundir a operação com uma financeira e criar um novo modelo de negócio.

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Hoje, a DriveTime, o nome surgido em 2002 no processo de mudança, é a quarta maior varejista de carros usados dos Estados Unidos. O diferencial do jogo foi o nicho escolhido: comercializar os automóveis para pessoas que ninguém mais vendia.

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Isto é, com score ruim e alto risco de inadimplência. Em 1996, a empresa abriu o capital e levantou US$ 170 milhões na Nasdaq. A decisão seria revista anos depois com a recompra dos papéis.

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