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Quem é Daniela Klette, fã de capoeira, vizinha prestativa e a mulher mais procurada da Alemanha

Carolina Unzelte

7 de março de 2024 às 11:53

Foto: berlim-alemanha (Sean Gallup/Getty Images)

As autoridades levaram mais de 30 anos para capturar uma das fugitivas mais procuradas da Alemanha, Daniela Klette, depois de um jornalista investigativo usar um software de reconhecimento facial para localizá-la.

A polícia alemã chamou sua prisão, feita na semana passada, de uma "obra-prima" e um "marco", mas jornalistas têm apontado que a descoberta foi feita antes por um podcast, para o qual o jornalista Michael Colborne colaborou.

Foto: Daniela Klette - Divulgação/Interpol (Interpol/Divulgação)

Colborne procurou correspondências para as fotografias de procurada de décadas atrás de Daniela Klette, membro do grupo militante de esquerda Fração do Exército Vermelho.

Trata-se do maior grupo terrorista da Alemanha pós-guerra, originalmente conhecido como Gangue Baader-Meinhof, que possivelmente foi responsável por 30 assassinatos e 200 feridos.

Foto: (sem legenda) (Divulgação/Interpol/)

Em vez disso, o software de reconhecimento facial que ele usou identificou uma mulher chamada Claudia Ivone. Claudia Ivone era o nome utilizado por Klette usado por anos, enquanto vivia uma vida pacata em Berlim.

A polícia é proibida por rigorosas leis de privacidade de usar ferramentas semelhantes de comparação facial. Em vez disso, dependem de uma impressão artística de como Klette se pareceria aos 65 anos.

"Alguém como eu, que não fala alemão, que não sabe muito além do básico sobre a história de Daniela Klette - Por que fui capaz de encontrar uma pista em literalmente 30 minutos?" disse o jornalista ao jornal New York Times.

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