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O consumo de cerveja está bombando. Agradeça à Petrópolis

Raquel Brandão

18 de outubro de 2024 às 11:05

Jack Andersen/Getty Images

O verão está chegando e a guerra pelo copo do brasileiro, ao que tudo indica, está apenas começando. Neste ano, o consumo per capita de cerveja no Brasil vem se aproximando de níveis vistos em países desenvolvidos

Embora o crescimento do PIB, o desemprego em queda e o aumento da renda disponível tenham contribuído, outro fator que tem está por trás do aumento é a abordagem voltada para o volume, com preços mais baixos

Raquel Brandão/Exame

Quem mais tem adotado uma política agressiva de preços é a Petrópolis, dona da Itaipava. Desde 2019, a empresa expandiu sua capacidade de 38 milhões para 55 milhões de hectolitros, mas seus volumes caíram cerca de 30% até o ano passado. Mas em 2024 os volumes já cresceram 10%

A empresa adotou por regra, especialmente no varejo, vender entre R$ 0,10 até R$ 0,20 mais baratos do que as concorrentes Ambev e Heineken, contaram ao INSIGHT pessoas próximas à operação. Mas, e se a Petrópolis fosse excluída das contas, quanto o volume cresceria?

Petra/Divulgação

“Se excluirmos os volumes de cerveja do grupo Petrópolis do total do mercado, o crescimento anual cairia de 4,0% para 3,3%. Dos cerca de 370 milhões de litros adicionados em 2024, estimamos que 100 milhões (30%) sejam da Petrópolis”, diz a equipe do BTG

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A contribuição do grupo foi ainda mais evidente de abril a agosto: 60% dos 240 milhões de litros adicionais. Sem a participação da Petrópolis, o crescimento no período teria sido de apenas 2,0% em vez dos 4,4% reportados.

O consumo de cerveja está bombando. Agradeça à Petrópolis