22 de novembro de 2024 às 11:56
A COP29 entra em sua segunda semana de negociações, momento decisivo para o futuro do financiamento climático global. Inicialmente apelidada como a "COP do financiamento", a Conferência apresentou alguns avanços modestos em sua primeira semana.
No entanto, as discussões cruciais sobre um novo marco financeiro precisam acelerar para que o encontro faça jus à alcunha. Os rascunhos dos textos divulgados a cada dia de negociações têm refletido a complexidade do tema.
O documento base, que começou com nove páginas, agora se estende por 25 páginas, evidenciando o desafio de conciliar as diversas visões e demandas dos países participantes. E os indicadores de pontos ainda não consensuais vem aumentando, sinalizando que ainda há muito trabalho.
Portanto, a chegada dos representantes de cada nação para a segunda semana de Cúpula marca um momento crítico. Conforme o Carbon Brief, o negociador-chefe da União Europeia foi otimista ao sugerir que um texto de apenas duas páginas poderia contemplar todos os elementos.
A declaração contrasta drasticamente com o documento atual divulgado no sábado, praticamente idêntico à longa versão do dia anterior e que mantém todos os pontos controversos que aguardam resolução ministerial.
Três propostas principais para a estrutura da meta de financiamento estão no centro da discussão: a primeira foca em provisão e mobilização", estabelecendo uma meta de US$ 1,3 bilhão anuais em financiamento climático.
A segunda proposta adota uma "abordagem multicamadas", considerando ultrapassar um trilhão de dólares, porém incluindo investimentos privados globais.
Por fim, a terceira alternativa busca uma mescla das anteriores, com a ideia de uma meta cumulativa ou combinada ao longo do tempo.