17 de outubro de 2024 às 10:53
Quase metade das moradias nas favelas mais vulnerabilizadas do Estado de São Paulo são feitas a partir de madeira ou sucata, materiais não duráveis. Cerca de 20% das casas contam com pisos feitos de terra ou madeira.
A informação é de uma pesquisa da TETO Brasil, organização social que constrói moradias emergenciais em comunidades desde 2006. O estudo foi realizado em parceria com o instituto de pesquisas Insper e a Diagonal, consultoria ESG, e busca avaliar a condição social das moradias.
De acordo com os dados coletados entre 2019 e 2023, 69% dos moradores de comunidades lidam com problemas relacionados ao calor ou frio excessivos, entrada de insetos e roedores e infiltração de água ou umidade.
Os problemas evidenciam também o possível impacto das condições de moradia na saúde da população mais vulnerável. Para Camila Jordan, diretora executiva da TETO Brasil, a pesquisa surgiu a partir da indignação da TETO sobre as condições socioeconomias das famílias em favelas.
“Faltam dados, conhecimento territorial e ações coordenadas com precisão. As soluções emergenciais não resolvem o problema no longo prazo”, explica.