ESG

"Para reverter a perda de biodiversidade, é preciso mudar a produção e consumo", diz Luísa Santiago

Sofia Schuck

30 de outubro de 2024 às 12:32

Foto/Thinkstock

Junto a uma rede global de mais de 400 empresas, a organização lidera a formulação de oportunidades econômicas na transição para a economia circular, com foco em três princípios: eliminar a poluição e resíduos desde o design de produtos, criar materiais com alto valor agregado e

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Em 2023, a fundação implementou sua "estratégia 2030", que olha para o papel da economia circular em intersecção com as três crises planetárias: clima, biodiversidade e poluição.

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E pela primeira vez neste ano, está presente nas discussões da COP16 em Cali, na Colômbia, trazendo o modelo econômico como uma solução para apoiar a implementação de metas e objetivos de proteção das espécies e áreas terrestres e marítimas em todo o mundo.

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Historicamente, estas COPs sempre foram muito fechadas para ambientalistas e conservacionistas, e não havia a correlação entre os dois temas, destacou Luísa. Como avanço recente, ela celebra um entendimento maior de conexão da pauta de economia circular com biodiversidade.

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Neste sentido, a organização está explorando como pode contribuir para a discussão, focando em como implementar práticas de produção regenerativa. Em clima e biodiversidade, uma das iniciativas prioritárias na América Latina é focada em sistemas alimentares.

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Uma novo design de produtos alimentícios para o mercado está em curso e quer inspirar outros setores. "Pensamos em aplicar o mesmo design circular em outros itens de higiene, beleza e saúde. Queremos agregar o potencial e o potencial econômico da floresta em pé", disse Luísa.

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A nova abordagem traz um olhar de como as marcas produzem alimentos minimamente processados e seu papel de irradiar mudanças para toda a cadeia, promovendo regeneração e captura de carbono.

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Outra agenda prioritária é a poluição, com foco na questão do resíduo plástico. Ainda no final deste ano e após a Conferência do Clima (COP29) em Baku, a ONU deve encerrar as negociações do tratado contra a poluição plástica.

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O Brasil também está no foco, com a formulação de políticas públicas. De olho na COP em Belém no ano que vem e dado o papel do país nos encontros do Brics, G20 e Mercosul, a fundação quer aproveitar as oportunidades para avançar em uma posição de protagonismo.

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Segundo Luísa, o Brasil é a "rainha do baile": não só pela COP30, mas também pelo seu potencial em temas como água, minerais críticos e áreas verdes.

"Para reverter a perda de biodiversidade, é preciso mudar a produção e consumo", diz Luísa Santiago