ESG

Para diretora da Oxfam, taxação de grandes fortunas é passo contra a desigualdade social

Letícia Ozório

7 de novembro de 2024 às 11:24

Simon Dawson/Reuters

Há uma década atuando no Brasil, a Oxfam se destaca como uma das vozes globais na defesa dos direitos humanos. A organização surgiu com o objetivo de levantar apoio e ajudar populações em situação de vulnerabilidade.

Para a organização, a concentração de riqueza e renda é uma das principais raízes das desigualdades. “Para que a riqueza se concentre no topo da pirâmide, é necessário ter uma base sem renda”, explica Viviana Santiago, que completa seis meses como diretora-executiva da Oxfam Bra

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“Não só o Brasil, mas todas as nações desiguais do mundo têm uma intensa concentração de renda”, diz. A especialista comentou que a taxação de grandes fortunas, tema cuja proposta de emenda parlamentar foi rejeita na Câmara dos Deputados na última semana, é uma medida necessária.

A política fiscal e tributária deve endereçar quem ganhe mais, tributar lucros e dividendos, atuar para evitar a elisão e evasão fiscal”, explica. Para Santiago, as ações podem reverter o sistema fiscal atual, em que a parcela mais pobre da população paga mais impostos.

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Em um momento de retrocesso no comprometimento corporativo com o ESG, a atuação da Oxfam vê desafios no combate às desigualdades, tarefa que, para Viviana, deve ser uma das prioridades das empresas. “O movimento melhorou muito, mas ainda não é suficiente", conta.

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