ESG

O Rock In Rio marcou uma geração sedenta por liberdade, agora se volta para o impacto socioambiental

Sofia Schuck

12 de agosto de 2024 às 15:28

O Rock In Rio se tornou uma potência do mercado bilionário de festivais de música, e no ano em que celebra quatro décadas, também quer se tornar um exemplo na agenda verde.

Divulgação/Divulgação

“Ser” e “fazer” um mundo melhor: esses são os dois verbos mágicos que guiam as frentes de sustentabilidade do Rock In Rio, segundo Roberta Medina, vice-presidente da Rock World. Desde 2001, o festival levanta seu propósito “Por um mundo Melhor”, na busca de soluções de impacto.

A cada edição, uma bandeira diferente é escolhida para ser apoiada: de 2016 a 2019, aceleraram ações em prol da preservação da Amazônia e em 2017, lançaram o “Espaço Favela” dentro da cidade do rock, como uma resposta para enfrentar as crises de violência no Rio de Janeiro.

ONU/Reprodução

Em 2021, a empresa resolveu partilhar suas metas ESG para 2030 e lançou seu primeiro relatório alinhado com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.

Em 2024, os focos serão três: no curto prazo, o combate à fome -- em parceria com a Ação da Cidadania. No médio prazo, o Favela 3D, projeto que visa transformar a vida de mais de 250 famílias do Morro da Providência (RJ). E no longo prazo, a emergência climática.

batuhan toker/iStockphoto

"Percebemos que todo o resto não dá conta se não atuarmos no clima. O que fazemos é cuidar de como o próprio Rock in Rio é feito, com buscas constantes de soluções para minimizar as emissões e aumentar a eficiência, com o objetivo de influenciar a indústria", disse Medina.

Uma das grandes metas do evento é ser lixo zero e em 2024, um dos avanços é a utilização do copo reutilizável – crucial na geração de resíduos.

Wilson Dias/ABr/

A expectativa é que, com os copos reutilizáveis, se passe de 81% de reciclagem para 93% -- evitando que os resíduos parem no aterro.

Além disso, todos os credenciados que entram na cidade do Rock (mais de 25 mil), passam por uma formação em sustentabilidade.

Raízen/Divulgação

Como outra grande evolução da edição, está o consumo de energia para a rede, que bateu 65% ligada à matriz energética do Brasil -- predominantemente renovável.

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