31 de julho de 2024 às 11:26
As Olimpíadas de Paris, que começam nesta sexta-feira, 24, buscam ser as “mais sustentáveis da história”. Com os olhos do mundo voltados para a França, o governo e os comitês Olímpico e Paralímpico atuam para trazer o ESG de vez para as competições esportivas.
A meta principal é de atingir metade da pegada de carbono das últimas edições das Olimpíadas. Em Tóquio (2021), o Comitê Olímpico comprou créditos equivalentes a 4,38 milhões de toneladas.
Uma das ferramentas criadas para diminuir as emissões de gases causadores de efeito estufa foi o Treinador Climático para Eventos. Criado pelo Ministério do Esporte da França e pelos comitês Olímpico e Paralímpico, o serviço calcula as emissões de carbono de eventos esportivos.
O programa busca entender o impacto ambiental do evento de acordo com número de participantes, duração e necessidades de cada esporte. O site apresenta o total de emissões previstas para o evento e, como um treinador de esportes, informa etapas para diminuir os “erros” cometidos.
Entre as soluções apresentadas para reduzir a pegada de carbono estão escolhas simples: utilizar materiais recicláveis e reutilizáveis, escolher centros esportivos que possam ser acessados a partir de transporte público e o uso de energias limpas.
A sustentabilidade também foi prioridade na escolha de onde os torneios vão acontecer. Entre as construções que receberão os jogos olímpicos, a gigante parcela, de 95%, já eram infraestruturas existentes ou temporárias, informou a diretora de Excelência Ambiental das Olimpíadas.
Cartões portais da cidade, como a Torre Eiffel, foram preparados e adaptados para receber as competições. O principal ponto turístico da capital francesa é espaço para disputa de vôlei de praia. O Palácio de Versalhes recebe provas de hipismo e pentatlo moderno.
O estádio Roland Garros, sede dos torneiros mundiais de tênis, também recebe as competições de boxe. O Parc des Princes, estádio do clube Paris Saint-Germain, é onde as partidas de futebol acontecem.
A única instalação que foi construída do zero para as Olimpíadas é o centro aquático de Saint-Denis, bairro ao norte de Paris. O objetivo é que o centro receba as competições de nado artístico, polo aquático e saltos ornamentais e que fique como um legado para a região.
O motivo é próprio impacto que os franceses podem sofrer com o aumento das temperaturas. De acordo com um estudo WWF França, os franceses podem perder de 24 a 66 dias de atividades esportivas caso as temperaturas ultrapassem os 32ºC.