ESG

Mudanças climáticas podem custar US$ 1,1 bilhão para os sistemas de saúde globais, revela estudo

Sofia Schuck

30 de outubro de 2024 às 11:58

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"O desafio urgente das mudanças climáticas exige sistemas de saúde globais resilientes capazes de se protegerem de crises de larga escala e potencialmente longas", disse Oliver Eitelwein, sócio da Prática de Health e Life Sciences da Oliver Wyman, em entrevista exclusiva à EXAME.

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O executivo lidera a área de sustentabilidade da consultoria que é uma das maiores do mundo e tem uma divisão de Health e Life Sciences dedicada a pesquisas e implantação de projetos de mitigação de riscos climáticos nos sistemas de saúde público e privado.

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Oliver apresentou um relatório inédito feito em conjunto com o Fórum Econômico Mundial durante uma reunião do Grupo de Trabalho de Saúde do G20 no Rio de Janeiro, sobre os impacto de eventos climáticos extremos na maior incidência e propagação de uma série de doenças.

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Um dos dados alarmantes é que as mudanças climáticas podem levar a um custo extra de US$ 1,1 bilhão para os sistemas de saúde globais e resultar em US$ 12,5 trilhões em perdas econômicas.

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Além disso, pode levar a mais 14,5 milhões de mortes até 2050 e forçar milhões de pessoas a se deslocarem em função da falta de água potável ou inundações e secas.

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Ao todo, foram avaliadas seis grandes categorias de eventos do clima e também seus reflexos na insegurança alimentar e poluição do ar.

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O novo estudo surge então para dar luz a um tema não tão abordado pela ciência, que é justamente a correlação entre saúde humana e clima e também fazer um apelo para que os setores público e privado invistam em resiliência e tecnologias para reduzir as consequências mais graves.

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Outro destaque é que as mudanças climáticas devem agravar as desigualdades neste setor e quem mais irá sofrer são as populações mais vulneráveis.

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Olhando para o futuro, a consultoria Oliver Wyman e o Fórum Econômico Mundial devem publicar um novo relatório complementar na Cúpula Anual de Davos do próximo ano e explorar soluções.

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Serão três estratégias prioritárias: focar em tornar os sistemas de saúde locais resilientes ao clima; estimular a inovação em saúde e alocar recursos governamentais e políticas públicas.

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"Isso inclui a discussão e apelo também no G20 de ação na interseção entre clima e saúde, o potencial para a inovação do setor privado e o papel dos governos em liberar capital privado", disse Oliver.

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