13 de dezembro de 2024 às 18:07
O Acelerador de Transição Industrial (ITA) é fruto da Conferência do Clima da ONU (COP28) em Dubai e nasceu para impulsionar a descarbonização da indústria e atrair investimentos para tecnologias e inovações verdes.
Em julho deste ano, o Brasil foi o primeiro país a aderir a iniciativa global -- que é financiada pela Bloomberg Philanthropies e pelos Emirados Árabes Unidos.
Rumo à COP30 em Belém do Pará, o ITA acaba de selecionar três projetos no Nordeste com potencial na transição para uma economia de baixo carbono: European Energy, projeto Fortescue H2V e o Green Energy Park.
As soluções envolvem hidrogênio, amônia e metanol verde e se unem ao Atlas Agro, primeiro projeto anunciado no programa do ITA no Brasil em outubro deste ano e que se refere a uma planta de produção de fertilizantes de baixo carbono em Minas Gerais.
O European Energy é a primeira fábrica em larga escala do Brasil para produzir metanol sintético a partir de hidrogênio verde (e-metanol), no Complexo Industrial e Portuário de Suape, em Pernambuco.
Já o Fortescue H2V aposta em uma instalação integrada de hidrogênio verde e amônia no Porto de Pecém, no Ceará, capaz de produzir 168 mil toneladas de hidrogênio por ano.
Para fechar os contemplados, o Green Energy Park está desenvolvendo uma unidade de produção e exportação de amônia verde no Piauí.
Juntos, os três projetos podem evitar a emissão de cerca de 5,4 milhões de toneladas de CO2 anualmente, destacou o ITA.
Em colaboração com a recém-lançada Plataforma de Investimento em Transformação Ecológica e Climática do Brasil (BIP) do governo federal, o ITA articula com atores públicos e privados para destravar o financiamento dos projetos verdes e impulsionar políticas industriais.