5 de novembro de 2024 às 11:54
Países emergentes e em desenvolvimento estão cada vez mais pegando empréstimos para financiar a recuperação após desastres climáticos.
O problema está após os choques ambientais, uma vez que as nações enfrentam dificuldades para garantir o crescimento econômico, reduzindo a sua capacidade de pagar as dívidas.
Ao passo que os juros aumentam e encarecem o valor devido, os países perdem a capacidade de investir para evitar novos desastres climáticos, na conservação da biodiversidade ou em sua transição para uma economia de baixo carbono.
Dessa forma, os territórios ficam mais sujeitos a novas tragédias ambientais.
Esse círculo vicioso da vulnerabilidade econômica e ambiental entre nações emergentes foi tema de um estudo encomendado por Quênia, França, Alemanha e Colômbia, divulgado durante a COP16.
Na África Subsaariana, os pagamentos de juros sobre a dívida externa da região aumentaram 275% o valor original emprestado em 2011. Na América Latina e Caribe, a alta foi de mais de 200% nos juros.