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Em 2024, há 12 milhões de crianças e adolescentes sem acesso adequado a esgoto e 2,1 milhões a água

A falta de água não impede somente abrir a torneira de casa e ter água para um banho ou limpeza doméstica, mas a saúde, permanência na escola e inserção no mercado de trabalho

Crianças se molham com a água de um caminhão-pipa em meio ao calor de Erbil, no Curdistão iraquiano, em 25 de julho de 2024 (AFP Photo)

Crianças se molham com a água de um caminhão-pipa em meio ao calor de Erbil, no Curdistão iraquiano, em 25 de julho de 2024 (AFP Photo)

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Publicado em 4 de novembro de 2024 às 15h22.

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Por Lidia Carvalho, Head de Marketing do UNICEF no Brasil

Para chamar a atenção sobre os desafios enfrentados diariamente por meninas e meninos que vivem em regiões onde o acesso à água potável e saneamento é limitado ou inexistente, o Fundo das Nações Unidas no Brasil (UNICEF) lançou, em outubro, uma campanha com o icônico Ratinho do programa Castelo Rá-Tim-Bum.

Além do sucesso nas redes sociais com a volta do personagem que fez parte da infância de milhares de crianças e do apoio de centenas de doadores individuais que contribuíram com a arrecadação de fundos proposta pela ação, muitos foram os questionamentos: por que, no mês das crianças, o UNICEF está falando de acesso à água? Falta água para alguém?

A resposta é: sim, infelizmente. Falta acesso adequado a água para 2,1 milhões de crianças e adolescentes e a esgotamento sanitário para 12 milhões. Os números, obtidos pelo UNICEF a partir de análise com base no Censo Demográfico 2022, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), são assustadores e alarmantes.

Acesso à água potável e saneamento

De acordo com os dados, os desafios de acesso à água e saneamento são mais severos no semiárido nordestino e na região amazônica. Em relação à cor/raça, quase 70% das crianças e adolescentes com acesso inadequado a esgotamento sanitário são pretas ou pardas. Além disso, 25% das crianças e adolescentes indígenas não têm acesso adequado a água e 48% vivem sem esgotamento sanitário.

Essa realidade expõe meninas e meninos a riscos severos, aumentando a desigualdade social, agravando a vulnerabilidade de crianças e adolescentes e, a longo prazo, implicando em consequências como impactos na saúde e baixo desempenho escolar.

Como então não jogar luz sobre a temática? Como não alertarmos as pessoas que há ainda tantas crianças e adolescentes privados de direitos tão fundamentais, como a água e o esgotamento sanitário? Impossível.

É por isso que, ao longo de todo o mês de outubro, nos dedicamos a esse tema. Nosso principal objetivo foi, de diferentes maneiras, engajar o maior número de pessoas possíveis, levando informação e compartilhando como o UNICEF vem atuando no Brasil, principalmente nas regiões como o semiárido e a Amazônia Legal, com foco no fortalecimento de políticas públicas e de serviços de água, saneamento e higiene.

De forma lúdica, nos preocupamos em ilustrar como a falta de água não impede somente abrir a torneira de casa e ter água para um banho ou limpeza doméstica. A falta de acesso adequado a água e a esgotamento sanitário impacta a vida de crianças e adolescentes quanto à manutenção da saúde, permanência na escola e na inserção no mundo do trabalho.

Por isso que esse trabalho não para por aqui. Vamos continuar falando sobre esse tema até que nenhuma criança seja deixada para trás.

Você também pode se engajar

Para quem quiser ajudar, é simples e rápido: basta acessar o site do UNICEF. Graças aos recursos que estão sendo arrecadados, o UNICEF poderá ampliar e intensificar sua atuação na área de água, saneamento e higiene, alcançando mais meninas e meninos.

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