4 de outubro de 2024 às 12:14
A indústria da moda é a segunda maior poluidora do mundo e representa 10% das emissões globais de CO2, apenas atrás da petrolífera
Um dos grandes desafios do setor é o desperdício: só no Brasil, são produzidas cerca de 170 mil toneladas de roupas por ano, mas apenas 20% das peças são recicladas ou reaproveitadas, segundo dados do Sebrae.
Pensando em promover a economia circular e inspirar transformações em todo o setor, a varejista C&A lançou, em 2017, o Movimento ReCiclo e convoca os consumidores a destinarem suas roupas usadas nas urnas presentes em suas lojas em todo Brasil.
A iniciativa garante que as peças sejam destinadas corretamente e voltem para a cadeia por meio do reaproveitamento e reciclagem.
No ano em que comemora sete anos, o movimento bateu a marca de 317 mil peças arrecadadas — o que representa 109 toneladas. Até o momento, em 2024, o programa já recebeu aproximadamente 29 toneladas, totalizando mais de 45 mil itens.
Atualmente, as urnas estão em 70% das lojas em todas as regiões brasileiras, e o plano é alcançar 100% nos próximos anos com a expansão do projeto.
Mas não é só roupa que as urnas recebem: também é possível descartar outros produtos do portfólio da marca, como frascos e embalagens vazias de cosméticos e eletrônicos.
Além do Movimento ReCiclo, a C&A vem atuando para ampliar o impacto positivo na moda e se compromete com metas ESG visando integrar a sustentabilidade em todas as áreas da companhia até 2030.
"Queremos transformar a moda em um setor que utiliza e reutiliza materiais de forma segura, protege os ecossistemas e garante condições de trabalho dignas. Reimaginamos a forma de produzir, para que a peça tenha um próximo ciclo de uso", disse Cyntia Kasai, gerente ASG da C&A.
A estratégia envolve desde o desenvolvimento de coleções que entregam o conceito de circularidade, uso de matérias-primas sustentáveis, redução de uso de químicos e investimento em tecnologia melhorar processos.