13 de setembro de 2024 às 11:39
A fabricante de cosméticos Natura acaba de lançar um plano de transição climática que busca zerar as emissões próprias de carbono até 2030 na América Latina.
A meta visa incentivar a indústria na jornada contra eventos climáticos extremos, como secas e queimadas no interior do Brasil e enchentes no Rio Grande do Sul.
Buscando reduzir em 90% as emissões no escopo 1 e 2, referentes à própria operação da companhia e ao uso de energia elétrica, a Natura investirá R$ 35 milhões em melhorias nas fábricas e operações diretas.
Maquinários, como caldeiras, sistemas de refrigeração e ar-condicionado, além da frota de veículos, serão modernizados para que possam operar com combustíveis limpos, como biometano e hidrogênio verde.
“A prioridade são as caldeiras, onde ainda temos muito impacto ambiental. As que são movidas por gás GLP, derivado do petróleo, serão substituídas por etanol ou insumos da biodiversidade”, disse Angela Pinhati, diretora de sustentabilidade da Natura América Latina
Na fábrica de Cajamar (SP), foi aprovado um projeto de instalação de caldeiras e frota movida a biometano, que pode ter um impacto ambiental até 96% menor em comparação ao uso de diesel, segundo estudo.
No escopo 2, que trata das emissões provenientes da energia elétrica, a empresa avalia negociações de compra de fontes limpas, uma vez que outros países da América Latina enfrentam dificuldades na instalação de uma matriz energética de baixo carbono.
Além de uma indústria descarbonizada, o principal esforço da empresa para zerar as emissões está no escopo 3, que abrange a cadeia de valor, responsável por 98% das emissões. Até 2030, a Natura busca reduzir essas emissões em 42%, com o desafio de zerar até 2050.
O desafio de expandir os negócios sem aumentar o impacto ambiental inclui até mesmo a base de matérias-primas utilizadas.