ESG

Chuvas: tecnologias simples diminuiriam estragos, diz especialista

Sofia Schuck

14 de outubro de 2024 às 16:53

Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil/

Já é unanimidade entre especialistas o fato de que a instabilidade do clima resultará, cada vez mais e em todo o mundo, em eventos climáticos extremos.

Noaa/AFP

Nas últimas semanas, a atenção ao tema cresceu, extrapolando a bolha científica em função das passagens dos furacões Milton e Helene pelos Estados Unidos, Caribe e Golfo do México.

Ronaldo Lesiv/Divulgação

Na sexta-feira (10), a discussão aterrisou quente no Brasil, depois de um rápido temporal atingir boa parte do estado de São Paulo, provocando apagões que há mais de vinte horas atingem milhões de moradores, além de promover muitos estragos e deixar vítimas fatais na capital.

Nelson ALMEIDA/AFP Photo

Ao episódio, somaram-se as lembranças ainda muito vivas em todo o país, das enchentes do Rio Grande do Sul, e um histórico recente na mesma São Paulo, quando há cerca de sete meses, depois de uma tempestade, regiões metropolitanas chegaram a ficar mais de 40 horas sem energia.

Talanoa/Divulgação

Adaptação é a primeira linha de defesa ", afirma Natalie Unterstell, Presidente do Instituto Talanoa, em entrevista à EXAME.

Cid Guedes/Getty Images

Segundo a especialista, embora o Rio Grande do Sul tenha sido atingido por uma catástrofe climática sem precedentes, investimentos em políticas e medidas de adaptação e infraestrutura resiliente poderiam ter amenizado muitos dos seus efeitos. O que vale também para São Paulo.

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"Cidades mais resilientes são aquelas que investem apostando que os eventos virão, que não vamos conseguir contê-los e que precisaremos lidar com eles", diz Natalie.

Andrei Speridião/

No caso de fortes chuvas, Natalie aponta como primordial, o uso de tecnologias relativamente simples com capacidade de absorver a água como bueiros -- que resultam em adaptações inteligentes e efetivas.

Gabriela Sandoval/Divulgação

Nesta sexta-feira, 10, grande parte da população foi pega de surpresa quando o temporal começou. O alerta da Defesa Civil só chegou a partir de 19h30, quando as chuvas já estavam em curso em boa parte das cidades.

Photo by Anselmo Cunha / AFP)/AFP

De acordo com a presidente do do Instituto Talanoa, investir na comuncação é investir em prevenção. No Rio Grande do Sul, ela lembra, as severas restrições fiscais e o baixo investimento em adaptação custaram caro.

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