ESG

Amazon cria IA para gerenciar uso de água em plantações ao redor do rio Tietê

Letícia Ozório

28 de agosto de 2024 às 14:49

Cleiby Trevisan/Veja São Paulo/Reprodução

O Rio Tietê, principal corpo d’água de São Paulo, é uma importante rota comercial do litoral ao interior do Estado, percorrendo 1.100 quilômetros. A escassez hídrica que as cidades paulistas vivem – agravada pela seca e os incêndios florestais -- preocupa os fazendeiros.

Noah Berger/Getty Images

Por isso, a Amazon Web Services, serviço de nuvem da gigante varejista, firmou uma parceria com a startup argentina de gestão hídrica Kilimo para evitar a escassez no rio Tietê.

photofarmer/Flickr/

Com o desenvolvimento de uma inteligência artificial, as empresas buscam calcular o consumo de água em cada fazenda, monitorar a qualidade do solo e prover recomendações para a irrigação.

🚱 A expectativa é que 200 milhões de litros de água sejam economizados por ano.

Erik Isakson/Getty Images

De acordo com Will Hewes, líder de sustentabilidade hídrica na AWS, a empresa atua para melhorar a gestão da água nas comunidades próximas aos seus data centers ao redor do mundo.

LUCIANO PIVA / Veja São Paulo/VEJA

“Usamos água para resfriamento dos computadores e máquinas em muitos dos nossos data centers. Isso nos ajuda a reduzir o uso de energia e a cumprir outras metas de sustentabilidade, como os objetivos de atingir 100% de uso de energia renovável e de sermos carbono zero”, explica.

Leandro Fonseca/Exame

A razão pela qual a empresa criou seu programa de gestão hídrica é para garantir o equilíbrio e otimização no uso de energia elétrica e de água. "Queremos garantir que estamos gerenciando ambos para minimizar o impacto nas duas frentes”, explica Hewes.

💧 A ação faz parte do plano global da companhia para a gestão hídrica. Até 2030, a Amazon Web Services quer ser “water positive”, ou seja, quer devolver uma quantidade maior de água à comunidade do que a quantidade consumida.

kavram/Thinkstock

Como o programa implementado no Brasil, outros projetos de reabastecimento estão sendo implementados nas comunidades próximas aos data centers da China, Chile e Estados Unidos. São, ao todo, 21 projetos em 14 países, que devem salvar mais de 7 bilhões de litros de água.

A entrada de projetos no Brasil pode incentivar ainda mais ações da companhia no país, que vive um desafio muito peculiar: diminuir o consumo de recursos naturais na agricultura e pecuária.

Wikimedia Commons/

“A tecnologia e as necessidades da comunidade são uma parte importante para os projetos. E, com certeza, ficando atentos a quais são essas necessidades, acredito que certamente haverá mais investimentos no trabalho de reabastecimento de água no Brasil”, explica Hewes.

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