2 de agosto de 2024 às 14:50
A acessibilidade nos meios digitais ainda é um assunto pouco explorado entre as áreas de tecnologia e de serviços bancários, aponta uma pesquisa da consultoria de tecnologia da informação NTT DATA.
Apenas 0,46% dos 21 milhões de sites ativos no país atendem a todos os requisitos de acessibilidade, que visam incluir as 30,3 milhões de pessoas com algum tipo de deficiência no Brasil.
O levantamento ainda aponta que dos 2.369 aplicativos para dispositivos Android com mais de 10 milhões de usuários, apenas 14,64% possuem descrições de imagem, método utilizado na inclusão de usuários cegos e com baixa visão.
Entre as mais de 700 instituições que são autorizadas a ofertar o Pix, modalidade de pagamento mais utilizada em 2023, apenas 35 oferecem acessibilidade para a transação, como ferramentas para deficiências visuais ou físicas.
“Para utilizar a internet, essas pessoas em muitos casos podem necessitar de mouses ou teclados adaptados e, dependendo da severidade da deficiência, recorrer a navegação pelos olhos ou pela voz”, aponta o relatório.
A pesquisa realizou testes de usabilidade e acessibilidade para identificar quais as maiores barreiras tecnológicas para o acesso aos serviços financeiros digitais. Confira a lista:
- Abertura de conta; - Login e acesso à conta; - Crédito pessoal; - Pagamento de boletos; - Carrosséis laterais e setas de rolagem.
O preenchimento de muitos números, cliques em pequenas setas e a leitura de QR codes são ferramentas que excluem pessoas com deficiência.
O estudo ainda descobriu que a maioria das pessoas com deficiência entrevistadas não utiliza smartphones pelas dificuldades com os dispositivos, como ao segurar o aparelho ou devido ao tamanho dos ícones na tela. O acesso aos serviços digitais é feito pelo notebook ou desktop.