16 de março de 2024 às 11:38
A inflação na Argentina fechou o mês de fevereiro em 13,2%, abaixo dos 20,6% registrados em dezembro. A taxa em 12 meses ficou em 276,2%, uma das mais altas do mundo.
Analistas projetavam que a taxa de inflação ficaria em 15,8%. O presidente Javier Milei já havia adiantado que a taxa mensal ficaria abaixo de 15%, mas que o número preciso seria anunciado na tarde da terça-feira, 12. "Parece que está abaixo de 15% (ao mês), e é um numeraço",
Na mesma terça-feira, 12, o Banco Central da Argentina havia reduzido de forma inesperada sua taxa básica de juros de 100% para 80%.
Esses são os primeiros resultados inflacionários do mandato do presidente Javier Milei, que continuou a implementar partes de seu plano econômico de terapia de choque.
A redução dos subsídios estabelecidos pelo governo anterior e a forte contração da atividade econômica são os princípios fundamentais do plano econômico de Milei para controlar a inflação galopante, que ele advertiu ser o "último remédio amargo" da Argentina.
Na última quinta-feira, 14, a agenda de Milei sofreu um revés significativo.
O Senado argentino rejeitou o ‘decretaço’ com medidas econômicas liberalizantes enviado pelo presidente. Sem um acordo prévio, o presidente tentou evitar que a votação acontecesse, mas não conseguiu.
Agora, o Decreto Nacional de Urgência (DNU) de Milei vai para a Câmara dos Deputados. Para a rejeição total do 'decretaço', é necessário que ambas as casas do Congresso argentino o rejeitem. Enquanto isso não acontecer, o DNU continua valendo.