16 de dezembro de 2024 às 16:57
Cientistas descobriram um predador nas profundezas da Fossa do Atacama, o "Dulcibella camanchaca". Esse anfípode de 4 cm captura presas com apêndices especializados, essencial para sua sobrevivência.
A Fossa do Atacama, ao norte do Chile, é um cânion que ultrapassa 8.000 metros de profundidade. Apesar da escassez de alimentos, abriga espécies únicas e endêmicas, adaptadas a condições extremas.
A zona hadal, onde está a Fossa do Atacama, é a parte mais profunda do oceano, com até 11 km de profundidade. Essa região inóspita é lar de anfípodes, pepinos-do-mar e xenofióforos.
Nesse ambiente extremo, a pressão ultrapassa 1.000 vezes a atmosférica, e a temperatura é próxima de zero. Criaturas como o "Dulcibella camanchaca" evoluíram adaptações incríveis para sobreviver.
O anfípode utiliza seus apêndices raptoriais para capturar presas menores. Essa habilidade de caça o torna uma peça essencial na cadeia alimentar do ecossistema da Fossa do Atacama.
Por estar geograficamente isolada, a Fossa do Atacama abriga espécies únicas que ajudam a entender como a vida se adapta a pressões colossais e à escassez de alimentos nas profundezas do mar.
Estudos na zona hadal contribuem para o conhecimento dos ecossistemas marinhos e os impactos das mudanças climáticas. A descoberta desse predador reforça o valor da biodiversidade do oceano profundo.