Carreira

Por que a China está priorizando contratar profissionais da geração Z?

Layane Serrano

11 de julho de 2024 às 16:53

Foto: (sem legenda) (Kiwis/Getty Images)

O que justifica a China passar pelo fenômeno conhecido como a “Maldição dos 35”, em que profissionais acima dos 35 anos começam a ter mais dificuldades de conquistar um trabalho? Para o brasileiro In Hsieh, a competição é um dos motivos.

O executivo In Hsieh se divide entre o Brasil e a China desde criança. Passou boa parte da sua infância em escolas chinesas e concluiu a graduação em Administração no Brasil.

Foto: (sem legenda) (Divulgação / Getty Images/)

“O que mais marca a China atual é a competição. Praticamente tudo é marcado por essa característica. Você nasce, cresce, vive e morre competindo”, diz In Hsieh que lembra que a pressão começa na escola.

Para o executivo, essa hipercompetição gera como uma consequência a “Maldição dos 35” no mercado chinês, que prioriza desta forma a geração Z.

Além da questão cultural, Alexandre Ratsuo Uehara, professor de Relações Internacionais da ESPM e especialista em estudos sobre a Ásia, afirma que também existe a questão do condicionamento por trás desse fenômeno na China.

Foto: High angle shot of fitness young Asian sports woman relaxing after working out, lying on yoga mat and using her smartphone against sunlight in the morning, reusable water bottle and headphones by her side. Health, fitness and wellness concept (Getty Images/Getty Images)

“A China é um país que está buscando inovações e um trabalhador que possa trabalhar por um longo período. Uma das coisas que falam é que a regra do 996, ou seja, trabalho das 9h da manhã às 9h da noite, 6 vezes por semana, é algo comum no mercado chinês”, afirma.

“A percepção é que pessoas acima dos 35 anos teriam menos energia e condicionamento para ter esse tipo de rotina”.

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