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Por que o azeite está tão caro? Crise dos azeites não é só no Brasil — e pode ser uma das piores já vistas

Luiz Anversa

3 de maio de 2024 às 16:12

Angel Garcia/Getty Images

A empresa espanhola Deoleo, dona de marcas de azeite como Carbonell e Bertolli, está preocupada com o futuro do mercado. Na verdade, classifica o atual momento como um dos mais desafiadores da história e diz que a indústria precisa passar por uma “transformação profunda”.

Segundo a CNBC, uma tempestade perfeita aconteceu para o mundo do azeite nos últimos meses: alterações climáticas, preços subindo, taxas de juro elevadas e uma inflação robusta. Isso tudo afetou a cadeia de valor do produto.

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A Espanha, maior produtor mundial de azeite, sofreu com um calor histórico que limitou as colheitas de azeitona, o que culminou com os preços subindo de forma inédita, surpreendendo consumidores e especialistas da indústria.

A Espanha é responsável por mais de 40% da produção mundial de azeite, tornando-se uma referência global de preços.

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Os preços do azeite extra virgem na Andaluzia atingiram um recorde histórico de € 9,2 (US$ 9,84) por quilo em janeiro. Eles eram negociados em torno de € 7,8 em 19 de abril, de acordo com o índice de referência da Mintec, abaixo dos cerca de € 8 no final de março.

Os preços caíram devido ao aumento nas estimativas de produção e às chuvas benéficas em março e abril.

AFP/

A maior parte do abastecimento mundial de azeite provém do Mediterrâneo, em países como Espanha, Itália e Grécia. Analistas alertaram que as oliveiras são extremamente vulneráveis à crise climática.

Embora normalmente possam lidar com altas temperaturas e sejam bastante tolerantes à seca, as condições recentes têm sido severas demais para as árvores. A Deoleo disse que as secas e as altas temperaturas durante as fases críticas do desenvolvimento da azeitona nos últimos anos

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