28 de março de 2024 às 23:31
"Me dá meu chip, Pedro! Mê devolve meu chipeeeeeee". Se você era um brasileiro online na década passada, provavelmente se lembra do vídeo viral em que uma mulher gritava na frente da casa de seu ex-namorado que queria seu "chip", ou cartão SIM, de volta.
Bom, é improvável que uma cena parecida se repita no futuro.
Não só porque é uma briga de casal peculiar – mas porque as pequenas placas que contém os números de celulares estão com os dias contados.
Fabricantes de telefones, liderados pela Apple, e operadoras de telefonia móvel estão migrando para os chamados SIMs embutidos, ou eSIMs: cartões digitais que permitem que você ative um novo número de telefone por meio de uma operadora local ou internacionalmente.
Se você comprar um iPhone mais recente nos EUA, verá que eles não suportam mais os chips.
E não é apenas a Apple: o Google está incentivando os proprietários de aparelhos Pixel a transferirem seus números de telefone para eSIMs.
Na década de 1990, quando os celulares ainda eram "tijolões" grandes, os cartões SIM também eram maiores: eram do tamanho de cartões de crédito.
Os SIMs mais tarde passaram a armazenar contatos, o que permitia transferi-los em caso de troca de aparelho.
Hoje, os nano SIMs geralmente usados em smartphones têm poucos centímetros, e a agenda de contatos pode ficar na nuvem.